sexta-feira, 30 de março de 2007

laertando






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E pra ser justo...

Aqui está o espaço de contraponto, deixemos nossas lideranças religiosas soltar o verbo:

"Matar é uma forma de piedade porque ela retifica a pessoa. Algumas vezes a pessoa não pode ser reformada a não ser que ela seja cortada e queimada... Você deve matar, queimar e trancafiar aqueles na oposição." Ayatollah Khomeini

"A razão deve ser destruída em todos os Cristãos." Martinho Lutero

"Ela é apenas uma retribuição justa para a conduta sexual imprópria." Madre Teresa, sobre a AIDS


"As pessoas não deviam ficar surpresas quando um estilo de vida moralmente ofensivo é atacado fisicamente." O Vaticano
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ah, que alívio!


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Pro dia nascer feliz

Tem dias que a gente se segura em discussões, geralmente quando o debate envolve uma platéia maiorzinha...mas acabei me lembrando de três frases interessantes:

"O fato que um crente é mais feliz do que um cético não é mais pertinente do que o fato que um homem bêbado é mais feliz do que um sóbrio. A felicidade da credulidade é uma qualidade barata e perigosa." George Bernard Shaw

"Se Deus tomasse ácido, ele veria pessoas?" Steven Wright

"Você nunca vê animais fazendo as absurdas, e às vezes horríveis, enganações da mágica e da religião. Apenas o homem se comporta com tal enganação gratuita. Esse é o preço que ele tem que pagar por ser inteligente mas não, porém, inteligente o suficiente." Aldous Huxley, autor



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Jogo do contrário

Acho que entendi...

OS DEMOCRATAS:

- Antônio Carlos Magalhães
- Edison Lobão
- Heráclito Fortes
- Marco Maciel
- José Carlos Aleluia
- Jorge Bornhousen
- Kassab

Nunca fui louco pela democracia. Acho necessária, talvez a coisa mais justa mesmo, apesar de todos os nossos valores de "igualdade" e "soberania popular" serem muito questionáveis.

Seguindo a mesma linha, PT e PSDB não precisam mudar de nome, já tá legal. Ah, e na onda do aquecimento global...abaixo o PV!!! Como ousam?

Agora sou anti-democrata por definição...hehehe! Nas próximas eleições vou procurar pelo partido nazista, talvez resolva a situação dos nossos compatriotas mais necessitados.

Sugestões de nomes para outras coisas:

- guerra do Iraque ---> "Allah´s megacarnaval! Fun, fun, fun!!"
- cocô de cachorro ---> "chocolate"
- cocô de cão dinamarquês ---> "Copenhagen droppings"
- malufismo ---> vergonha na cara


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se judeu...

Cuidado:

Quem rouba gravata rouba qualquer coisa...

Que coisa, não? Logo o Sobel, cara tão importante e de sotaque tão bobo e pitoresco...o que deve passar na cabeça do cara depois de uma dessas.

Pelo que entendi na reportagem, tá bem claro que o rabino afanou mesmo as gravatas na Louis Vuitton. Depois negou o furto, apesar de estar de posse das gravatas e devolver não só uma (que era o que pensavam que ele tinha pego), mas QUATRO!

Se a polícia de Palm Beach cuidasse do oriente médio, talvez não houvesse motivos pra conflito...Essa é a foto tirada pela
polícia de Palm Beach...
já vi melhores.


As circunstâncias:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u133507.shtml


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domingo, 25 de março de 2007

Melo Neto

Catar feijão
. A Alexandre O'Neill
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo;
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e o oco; palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:

a pedra dá à frase grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com o risco.



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Bravo novo mundo

O Orkut é uma maravilhazinha. Principalmente pra propagar vírus pouco inteligentes.

Por exemplo: na última semana, recebi dois TESTIMONIAIS (um de minha tia e outro de um primo) . Ambos eram idênticos e diziam isto (todos os erros e faltas de pontuação inclusos):

"Puxa estou muito assustado com essas fotos

suas que eu vi aki nesse site:

http://tinyurl.com/38cdjh

Eu ainda nao sabia dessa sua opção sexual

agora que eu ja sei de tudo te dou o maior apoio

e nao tenho menhum preconceito.

E eu gosto muito de você!!!!!!"



AH, TÁ.


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Questã

Se lhe sobrar tempo ou vontade para isto (o que eu realmente duvido), pergunte e responda silenciosamente para si mesmo:

O que você prefere ser: aquele que trai ou aquele que é traído?

Não aceite a primeira resposta que vier. Ou melhor, questione-a com força.

A resposta final pode lhe revelar coisas desagradáveis sobre si mesmo. Em qualquer uma das opções.


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segunda-feira, 19 de março de 2007

As fronteiras da ciência

Ontem tive uma interessante discussão com o Gabriel a respeito do futuro das ciências e da tecnologia. Falávamos sobre o fato de que a nossa geração está muito acostumada à mudanças, afinal, vivemos a transição do universo real para o universo virtual. Talvez as gerações atuais já não tenham uma infância tão proveitosa quanto a nossa, não sei...

Mas enfim, nesse ritmo de evolução tecnológica cada vez mais rápida, se torna difícil especular sobre que inovações estão por surgir. Quando será que a nossa geração assistirá a um momento de verdadeira revolução científica? Claro, já presenciamos a revolução cibernética, mas tudo que vemos agora é a evolução de um mesmo conceito. Não é difícil imaginar quais serão os próximos passos da integração dos computadores em nosso dia-a-dia. Casas controladas por computadores, TV digital, etc...

Agora a viagem: aqueles modelos matemáticos da física teórica, que estebelecem que o universo tem 10, 11 ou 12 dimensões...que diabos é isso? Como nós, com nossas percepções 3D podemos compreender tal coisa?

Será possível que fenômenos que se manifestam nessas outras dimensões interfiram diretamente no nosso mundinho 3D? Aparentemente sim, uma vez que esses fenômenos são estudados à exaustão. Penso que será algo extraordinário quando alguém, finalmente conseguir dar uma aplicação prática para esses fenômenos, fazer com que possamos manipular propredades dos objetos em outras dimensões, tornando nossos produtos mais leves, melhores, mais saborosos e os pães mais fresquinhos. Quem sabe?




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domingo, 18 de março de 2007

Trechinho

E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque, um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
 

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The proudest monkey

Os gorilas têm sempre um grandão no seu grupo
É o alfa
O que cata as fêmeas que escolhe, come o quanto quer, dá porrada em quem quer e protege o grupo
E ele é grandão porque justamente foi sempre o que comeu mais desde macaquim
Cresceu sendo mais esperto e mais agressivo, comendo o máximo que podia enquanto outros passavam fome
Se todos os gorilas pudessem nutrir-se, poderiam ser todos macacões
Uma comunidade inteira de subnutridos
Nunca tinha refletido sobre o fato de que a natureza é freqüentemente um estado de subnutrição generalizado

Não espero tanto uma sociedade onde não haja exploração
Já fico muito feliz se pudermos conseguir uma civilização que não dependa estruturalmente da exploração do macaco pelo macaco

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quarta-feira, 14 de março de 2007

Chá pra Pérsia

Vi agora na tv: presidente do Irã ficou irado (sorry) com o filme "300 de Esparta".

Não saiu aqui ainda. Mas a história original -- HQ do Frank Miller -- é consideravelmente racista. Já falei em outros lugares que, a despeito de sua narrativa ótima, a HQ tem uns laivos impressionantes de facismo.
Os Persas-oriente são arrogantes, desumanos, insensíveis e estúpidos. Xerxes (que será o Rodrigo Santoro) tem lá um quezão afeminado mesmo.
Os gregos-ocidente são, já naquela época, guardiões de tudo que é bom e verdadeiro -- incluido a "razão", a "letra da lei" e a "liberdade"(??!) ... seu único defeito é serem duros e ásperos...


Bão, se eu fosse persa, ia achar isso tudo uma bosta também.


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domingo, 11 de março de 2007

O EU descafeinado

Li há uns dias que, no fim do ano passado, a revista Time declarou como “personalidade do ano” de 2006... quem? quem? Ora, quem mais? Eu e você, internautas-websiters-blogueros! Participantes criativos, livres e desbravadores dessa grande e nova ciberdemocraciaglobalizada!!!
Não é uma gracinha?

Slavoj Zizek comentou a decisão da Time. Ó só um trechinho:

A inércia própria à realidade desaparece magicamente na atividade de navegação harmoniosa no ciberespaço. Encontramos hoje no mercado uma multidão de produtos privados de sua propriedade maligna: o café sem cafeína, a nata sem gordura, a cerveja sem álcool... A realidade virtual do ciberespaço simplesmente generaliza esse procedimento: ela oferece uma realidade privada de sua substância. Assim como o café descafeinado tem o gosto e o odor do café real sem sê-lo, minha ciberidentidade, o “você” que eu vejo na tela do computador é já sempre um eu descafeinado.
O texto inteiro está no blog da Katarina (que foi quem traduziu).
Foooda.


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Alteridade e três coisas

(pequenas reflexões instantêneas, rápidas e questionáveis)
No que se refere à alteridade:

o politicamente correto é o mascaramento dos conflitos inerentes às diferenças.
o conservadorismo radical é a negação da possibilidade de harmonia entre as diferenças (a não ser aquela harmonia do "EU aqui e ElES ali, cada um em seu lugar").
o fanatismo é a negação da existência efetiva da diferença – existe o nós (o certo) e existe o outros (o errado).

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domingo, 4 de março de 2007

Alegria, alegria


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Ruminações sobre o fracasso


Nunca fui afeito às classificações winner-loser dos gringos, mas ao menos as compreendo um pouco melhor hoje que antes.
Como me foi apontado recentemente: o loser americano não é apenas o cara que não consegue chegar lá. O loser é, acima de tudo, o cara que desistiu.
É horrível pensar que ser pobre pode ser confortável. E não me refiro simplesmente à pobreza monetária, vejam bem.
Mas é o que nos exemplifica a vida de Harvey Pekar, excelente autor underground de quadrinhos. Pekar é conhecido e faz muito sucesso há décadas. Mas em uma entrevista, disse que nem telefona para R. Crumb (gênio quadrinhista, amigo e parceiro básico de Pekar) porque não tem dinheiro para pagar o interurbano.
Ele não viaja porque não tem dinheiro. Não vê pessoas nem conhece países (falou que adoraria vir ao Brasil) porque falta grana.
De fato, ele não pára de falar da FALTA de dinheiro em momento algum da entrevista. Só não explica porque não consegue ganhar mais dinheiro, ou mantê-lo.
Hervey Pekar, criativíssimo, é um cara que desistiu. Ou nunca quis. É quase um loser militante – isto é, se os real losers tivessem culhões suficientes para serem militantes.
A pobreza é seu escudo.
Tendo em vista a mentalidade extremamente neurótica, metódica e obsessiva do autor, não é difícil entender sua criatividade e seu apego a seus problemas (como os hipocondríacos), e nem é exagerado supor uma fortíssima aversão à mudança. Pekar não ganha dinheiro porque, na verdade, não quer encarar o desconforto de ter que mudar sua forma de viver para gastar esse dinheiro.
A julgar pelo que se vê, a vida de Pekar não seria apenas “comum”. Seria pobre com “p” maiúsculo (ou minúsculo?). Não porque vive sem dinheiro e entre pessoas monetariamente pobres, mas porque não aspirou a quase nada que já não seja. Sua criatividade e sua forma de transformá-la em narrativa são riquíssimas. Mas, por outro lado, prenderam-no ainda mais a si próprio.
Então, leio um texto de Contardo Caligaris (num jornal molhado da goteira da casa de meu pai, um que eu tinha tudo pra não ler) que fala que os jovens de hoje sonham pequeno. Não deixo de concordar imediatamente e de ver um eco em mim mesmo.
Me lembrando de Pekar: quantas vezes não usei (e não uso) minha pobreza (entre outro vários obstáculos) como escudo? De uma forma confortável de me manter com minhas manias e não ter de pensar mais à frente?
E vejam bem, não falo de “sucesso” ou “ficar rico”, mas de ansiar e procurar uma vida extraordinária, difícil, heróica, uma vida fodona mesmo.
A academia pode ser um cemitério para um “artista”? Não por ser burocrática mas justamente por ser criativa? Uma prisão com conforto e com alguma liberdade é a mais eficiente de todas.
A primeira vez que alguém me chamou de comodista foi aos 15 anos de idade. Fiquei sinceramente ofendido, como poucas vezes.
Porque era verdade.
Aos 19 anos de idade, uma amiga me chamou de covarde. Em matéria de ofensa, nada nunca mais doeu tanto quanto aquilo.
Porque era verdade.
(Pelo menos passei a ter alguma consciência do problema)
Pode a “maturidade” se tornar uma prisão?
Pode o “sucesso” se tornar uma prisão?
Pode o “fracasso” ser confortável?
O caso de Pekar diz que sim.


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