segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Dubai aiai

Senhores, tenho que admitir meu espírito-de-porquismo (ou suinismo espiritual, como preferirem): ver Dubai na merda me faz feliz.
Uma felicidade perversa, eu sei, mas que não consigo evitar.





Eu lembro que, com a crise toda, eu fiquei pensando: "E Dubai?". Afinal, se tinha algo que era mantido total, exclusiva e ostensivamente por capital financeiro (I.E., por dinheiro que não advém de produção de porra nenhuma) era essa insanidade turística, arquitetônica, urbanística e política.

Nos últimos anos, vi elogios em revistas de turismo e em outras publicações menos respeitáveis. Vi reportagens especiais e documentários de televisão. Vi babaquices de astros metidos a salvadores do mundo. Recebi e-mails com powerpoints que mostravam a "maravilha" do lugar, e comentários de pessoas que me enviavam estes ou de pessoas em blogs que exclamavam maravilhadas sobre como queriam ir para lá, morar lá, que lugar lindo, que sonho!

Elianes Catanhêdes elogiavam o lugar -- tudo como deixa, é claro, para xingar nosso atual governo. (desculpe, Eliane, mas... burra, burra, burra! E mais burro quem a levou a sério.)

Eu achava Dubai um absurdo; mas até ler esse texto aqui, publicado na Piauí de uns meses atrás (originalmente do The Independent ), minha indignação era uma questão de gosto e do meu esquerdismo residual automático. Eu ainda não fazia idéia de quão fundo era o buraco; do tamanho do absurdo em questão. Com direito a trabalho escravo, desperdício gritante de recursos e recusa a todo e qualquer bom-senso de aproveitamento ambiental.



Vamos lá: Dubai é um monumento gigantesco a tudo que há de mais insano, irracional e ostentatório no mundo capitalista contemporâneo. É um prato cheio para qualquer esquerdista falar de quanto os "incluídos" são capazes de ignorar, desde que seus próprios umbigos permaneçam quentinhos, sequinhos e entretidos. Pois Dubai é um "paraíso" de capitalismo... que consegue ser:
- menos democrático que o Irã e quase tão conservador quanto;
- tão ou mais ideologicamente restritivo que Cuba;
- mais fake que Miami e quase tanto quanto uma Disney World;
- mais perdulário, ecologicamente despreocupado e desrespeitador de direitos humanos que a China.



Não me surpreende o uso de trabalho semi-escravo em meio a uma "pérola" de ultramodernidade (ei, vivemos no Brasil, lembram?). O que me deixa realmente triste é o fato de que, entre as muitas aleivosias, elogios e propagandas feitas ao lugar, NINGUÉM DO OCIDENTE "DESENVOLVIDO" PARECEU DAR A MÍNIMA IMPORTÂNCIA PARA ISSO. Triste, mas não surpreendente.

AGORA que Dubai, na merda, resolveu dar uma "moratória" de 80 bilhões no Ocidente... vamos ver em quanta gente a ficha vai cair. Poucos, provavelmente.


Ver um lugar assim ruindo -- ou, pelo menos, em imagem -- é pra mim parecido com assistir as pessoas botando abaixo o monumento do Stalin. Claro que, em essência, é completamente diferente. Porque provavelmente Dubai não vai "ruir" mesmo -- há muito dinheiro envolvido. Porque ninguém está ativamente pondo-a abaixo. Porque muitos ainda vão sofrer com a "queda" desse monumento -- provavelmente os mesmos que já sofreram com a construção dele.

Ainda assim, pequenos prazeres mesquinhos devem ser saboreados de vez em quando.



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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Em caso de guerra

Ontem levei muita sorte: o apagão de ontem à noite não afetou Maringá. Na hora do problema, eu estaa em sala de aula, e houve oscilações na luz. Desliguei o notebook correndo, pensando ser um problema localizado.

Ao chegar em casa, encontrei meu desktop funcionando direitinho, comecei a trabalhar sem olhar para qualquer notícia até que fui avisado, pela Milk do apagão geral.

Descobri que o problema atingiu, aparntemente, a estação de distribuição de Ivaiporã (depois de Maringá, que aparentemente não faz parte do sistema Itaipu, apesar da proximidade.

18 estados foram atingidos, entre eles Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas...provvelmente o Gabriel ficou sem luz, e o céu de São Paulo deve ter ficado mais bonito...

Agora, em caso de guerra...ITAIPU SE MOSTROU UM EXCELENTE ALVO!

Que coisa ter uma usina tão grande.






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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

o ateísmo no mundo

Boas notícias!

2009 é o ano de Darwin. Comemoramos os 200 anos de seu nascimento e os 150 da publicação de "A origem das espécies", cujo título original é On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida).

Este livro é certamente uma das obras mais importantes da história, senão o mais importante. Pois bem estive em uma palestra, na semana da Biologia, do prof. Dr. Mario de Pinna, da USP. A palestra foi bastante interessante, ainda que claramente produzida para leigos - não era o caso da plateía, estudantes e professores de biologia ou meu, entusiasta do tema. Ainda assim, uma boa palestra de divulgação científica.

Obviamente, a contribuição de Darwin não se limita à Biologia. A Teoria da Evolução é, há bastante tempo, uma verdade científica, ainda que esteja sendo constantemente aperfeiçoada - exatamente como acontece com as ciências. Não é uma questão de opinião, mas de fatos.

Foi lançado neste ano, aqui no Brasil, um excelente livro de Richard Dawkins, intitulado "A Grande História da Evolução", onde o biólogo expõe, através de uma analogia com os "Contos da Cantuária", uma peregrinação dos homens em busca da origem da vida, passando, em cada capítulo, por um concestral, ou seja, no primeiro encontro juntam-se a nós os chimpanzés e bonobos, que tem o concestral (ancestral comum) mais próximo. Depois vem gorilas, orangotangos, gibões....................enfim, são 40 encontros e a redação de Dawkins é deliciosa. O livro não contém ataques explícitos à religião - e não precisa.

Bom, dito tudo isso (divaguei demais aqui), quero chegar no seguinte ponto: como anda o ateísmo pelo mundo.

No Brasil, não há dados oficiais a respeito do número de ateus. Sabemos que, no censo de 2000, havia 7% de pessoas sem religião declarada, o que na prática não diz muita coisa - muita gente não se identifica com qualquer doutrina religiosa, mas acredita em Deus ou "forças superiores".

Os dados mais próximos da realidade são aqueles das pesquisas de opinião (Ibopes e Datafolha da vida), e apontam para cerca de 1,5% de ateus. Muito pouco. Eu imagino que o país teria que ser muito diferente para atingir um número que eu pensava ser alto, como 10% da população, por exemplo - pra mim, uma quantidade altíssima.

Pois bem, na semana passada, me deparei com um trabalho, de um pesquisador inglês, que trabalha com dados de países nos quais o censo de fato contabiliza a quantidade de ateus. Os números me impressionaram. A coluna do IDH foi inclusão minha, a relação é meio capenga porque os traços culturais determinam muita coisa. Aqui vão:

País ateus/agnósticos sem religião IDH 2007
2005 (%) 2005 (%)
Japão 64 65 0,953
República Tcheca 54 61 0,891
Suécia 46 85 0,956
França 43 54 0,952
Dinamarca 43 80 0,949
Bélgica 42 43 0,946
Alemanha 41 49 0,935
Holanda 39 44 0,953
Eslovênia 35 38 0,917
Bulgária 34 40 0,824
Hungria 32 46 0,874
Noruega 31 72 0,968
Grã-Bretanha 31 44 0,946
Coréia do Sul 30 52 0,921
Finlândia 28 60 0,952
Austrália 24 25 0,962
Rússia 24 48 0,802
Nova Zelândia 20 22 0,943
Letônia 20 29 0,855
Canadá 19 30 0,961
Áustria 18 26 0,948
Suíça 17 27 0,955
Islândia 16 23 0,968
Espanha 15 24 0,949
Israel 15 37 0,932
Cazaquistão 11 12 0,794
Eslováquia 10 28 0,863
China 8 14 0,777
Itália 6 15 0,941
Portugal 4 9 0,897
Argentina 4 8 0,869
Estados Unidos 3 9 0,951


Na minha opinião, podemos desconsiderar o Japão. Muitas das religiões orientais não tem um deus específico, mas apresentam tradições essencialmente supersticiosas. Também descolfio dos países em que houve proibições aos cultos religiosos, caso dos países que foram membros da União Soviética ou tiveram regimes socialistas totalitários.

Fora isso:

Suécia com 85% das pessoas sem religião, dentre estas, 46% de atues. JAMAIS, repito, JAMAIS pensei que houvesse no mundo porcentagens dessa ordem na quantidade de ateus. França, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Alemanha, Noruega e Grã-Bretanha todos com mais de 30% de ateus. O menor IDH desse grupo todo é o da Alemanha (0,935 - 41% de ateus).

A quantidade de pessoas sem religião indica também alguma coisa: descompromisso coma igreja, e por consequência, com líderes religiosos e orientações oficiais. Aí, utilizando os mesmos critérios de exclusão de alguns dados (Japão e República Tcheca), temos a seguinte ordem:

Suécia (85%), Dinamarca (80%), Noruega (72%), Finlândia (60%), França (54%). Coincidentemente (ou não), os 4 países nórdicos ocupam as quatro primeiras posições desse ranking.

Na minha opinião, isso talvez implique em pensar que esses países terão populações quase que completamente atéias em poucas gerações, uma vez que não estarão educando suas crianças seguindo crença em deuses, monstros, fantasmas ou quaisquer outras criaturas místicas.

Mais do que qualquer coisa, é uma felicidade constatar o óbvio: ninguém precisa de qualquer Deus para ser bom. É só verificar que os países nórdicos são, possivelmente os mais prósperos do mundo: educação super valorizada, excelentes sistemas de serviços sociais, avessos às guerras...enfim, os famosos well-fare states.

Me parece que há, de fato, uma relação direta entre progresso social/educação e a ausência de religiosidade/ateísmo. E nesse fato, a esperança de um mundo melhor, menos intolerante e mais racional. E que, ao contrário do que se prega por aqui, uma sociedade de fato laica e atéia não levará ninguém a ser "menos bom" - possívelmente o que ocorre, quando pensamos na escala de grandes populações, é exatamente o contrário que ocorre.

Impressionante.


P.S. Outras curiosidades:

1) EUA são a maior distprção desses dados todos. O IDH elevadíssimo reflete simplesmente a pujança econômica (apesar da crise) e o baixo índice de analfabetismo (lembrem-se dos perigos da semi-educação);

2) Israel: 15% de ateus (!!!); 37% de pessoas sem religião (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)

Fonte dos dados: Zuckerman, Phil. Atheism: Contemporary Rates and Patterns, capítulo no "The Cambridge Companion to Atheism", ed. by Michael Martin, Cambridge University Press: Cambridge, Inglaterra (2005).


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I Prêmio Bento XVI - edição 2009

Wilbor se Revolta lança o "I Prêmio Bento XVI". O prêmio será concedido anualmente àqueles que se destacam por manifestações públicas de homofobia. Gabriel fica encarregado do design do troféu, chamado carinhosamente de "o Ratzinger".

Antes de qualquer coisa, é necessário deixar claro que o papa é hors concours, e após seu falecimento - que esperamos não levar muito tempo - será homenageado com um Ratzinger pelo conjunto da obra e grande capacidade de influenciar multidões mundo afora.

O único pré-requisito é que a declaração (ou o conjunto delas) tenha sido publicado em algum meio de comunicação licenciado, o que, infelizmente, elimina um professor meu que contou o seguinte caso em sala de aula:

"Li uma reportagem que mostrou um cara que tinha estimulado suas glândulas mamárias a tal ponto que chegou a produzir leite. E o cara nem era viado".

Gays dão leite?

Minha lista preliminar conta com três nomes:

1) Roberto Requião (PMDB), governador do Paraná, por seu discurso a respeito do câncer de mama nos homens, no programa educativo do estado, apresentado eplo próprio:

"A ação do governo não é só em defesa do interesse público. É da saúde da mulher, também", disse o governador. "Embora hoje câncer de mama seja uma doença masculina também. Deve ser consequência dessas passeatas gay."

2) Marly Martin (PFL), vereadora do município de Maringá-PR, pela apresentação de projeto de lei (arquivado) que previa que:

"A vaga destinada à associação (Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais) no Conselho Municipal da Mulher deveria ser substituída por um "representante das entidades de recuperação de prostitutas e lésbicas".

3) André Puccinelli (PMDB), governador do Mato Grosso do Sul, por suas considerações ao ministro do Meio Ambiente:

"Ele é um 'viado', fumador de maconha". Disse ainda que se Minc participasse da Meia-Maratona Internacional do Pantanal, que será realizada no dia 11 de outubro, o ministro teria que sair vencedor da corrida. "Porque senão eu (Puccinelli) o alcançaria e ele seria estuprado em praça pública", disse.


Podem ser inscritos aqueles que quiserem se manifestar até o final deste ano. Boa sorte a todos!



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De volta ao passado - e põe passado nisso!!!

Eu tenho evitado escrever aqui sobre assuntos que já são discutidos à exaustão no meio digital, ainda que na internet se discuta absolutamente tudo. De qualquer forma, optei por me abster de diversas polêmicas recentes, como o caso dos Nardoni, no ano passado, dentre outras coisas.

De qualquer forma, acho importante falar rapidamente sobre o caso da Geisy Arruda, a menina do vestido curtinho da Uniban.

Aqui vão algumas considerações:

1) No dia em que vi o vídeo (que estava entre os mais vistos no youtube), fiquei chocado, ainda que não se trate de um comportamento absurdo, em se tratando de um país machista como o nosso. É impensável que, nos tempos atuais, uma menina possa causar tamanha reação em uma UNIVERSIDADE (ainda que das mais furrebas). Segundo o que li, chegou-se ao ponto em que alguns alunos pulavam para alcançar uma janela de onde se conseguia ver a menina dentro da sala de aula. Pouco tempo depois, ALGUNS alunos tentavam posicionar os celulares debaixo das pernas da aluna na tentativa de conseguir alguma foto.

2) A reação natural, pelo menos o que eu estava esperando, era a expulsão de vários alunos, já que havia pelo menos uns 200 hostilizando Geisy, e vários foram filmados e, além disso, a polícia foi buscar a menina, isso tendo ocorrido no meio da balbúrdia toda. Os policiais falharam em não levar os mais exaltados para a delegacia.

O que ocorreu, ao invés disso, foi a suspensão de 7 alunos (!!!!!).

3) Fiquei imaginando que a Universidade precisaria tomar alguma medida para proteger seu modesto nome, visando evitar uma perda de alunos, uma baixa nas inscrições de seu disputadíssimo vestibular. Tomaram uma atitude sim: a expulsão de Geisy. Alegaram, dentre uma lista enorme de absurdos que:

a) Geisy cometeu um ato de "desrespeito à dignidade acadêmica e à moralidade";
b) A aluna vestia "trajes inadequados";
c) A aluna "provocou" os colegas, por ser "insinuante" e ter percorrido um trajeto "maior que o habitual;
d) Isso tudo "resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar".

Ah, claro.

Primeiro, desde quando é crime ser "insinuante"? As "provocações" a que se referem são simplesmente coisas que a gente está mais do que acostumado a ver, pelo menos desde o0 advento da minissaia, diga-se de passagem uma conquista das mulheres. Olhando por outro lado, boyzinhos de camisas coladas não são "insinuantes"? De onde eu vim, decotes e saias curtas são coisas bonitas e desejáveis. Impressionante a hipocrisia dessas pessoas, que de tão morais que são levaram toda a indústria do marketing a adotar uma estratégia de vendas que para vender qualquer produto, de cerveja a pirulitos, coloca em outdoors uma mulher semi-nua - penso que semi-vestida talvez seja mais adequado, uma vez que a gente está sempre semi-nu.

Mais impressionante ainda é pensar no que possa ter levado tantos alunos a apresentar esse tipo de comportamento de expor seus paus na frente de todo mundo. Eu tenho pinto e não costumo esfregá-lo em mulheres que andam despreocupadas na rua - ou mesmo naquelas que QUEREM ser notadas. Aliás, ninguém que eu tenha conhecido na vida faz isso.

Muitos "especialistas" acham que é o mesmo fenômeno do anonimato da coletividade que ocorre entre as torcidas de futebol.

A Uniban, ao expulsar a menina enfiou, literalmente, as patas traseiras pelas dianteira - importante ressaltar que a decisão foi tomada pelo conselho universitário. Fico imaginando como um grupo de PROFESSORES pode ter imaginado que essa pudesse ser a melhor solução. Tem algum aluciinógeno nos ares da Uniban, não é possível...

Geisy foi duplamente violentada: pelos alunos e pela universidade.

Hoje, o reitor revogou a expulsão de Geisy. Não acredito, que nessa altura do campeonato, faça qualquer diferença. Espero que Geisy processe a universidade e ganhe uma indenização milionária.

Por fim: na minha opinião, a discussão sobre a adequação ou não das vestimentas da Geisy simplesmente não cabe - especialmente se tratando de um ambiente universitário.


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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

DIA DO DESIGNER


Até o ano passado eu era professor num curso de design. Hoje, então, dou meus parabéns a todos os colegas de aula que, diferentes de mim, ERAM designers, e para todos os meus alunos-futuros-designers.

Em homenagem a meus alunos, vai aqui um post que quero colocar há quase 1 ano aqui no blog.

Vou finalmente mostrar aqui alguns resultados de meu último ano de professor na disciplina "Plástica" no curso de Design de Produto da Universidade Estadual de Maringá (disciplina que ministrava então pela segunda vez, em boa parceria com o professor Rodolfo Myiamoto, que entrava nela pela primeira vez e que também era arquiteto)

Plástica é uma das disciplinas básicas do curso, ministradas aos alunos calouros, que tem como objetivo introduzir a experimentação e desenvolvimento de percepção quanto à forma tridimensional (curiosamente, ela tem o mesmo nome da disciplina muito semelhante que tive no meu primeiro ano de arquitetura, ministrada pelo excêntrico e fantástico Spencer Pupo Nogueira)

No último trabalho, resolvemos fazer uma coisa nova nessa disciplina: o último objeto plástico criado pelos alunos deveria ser completamente funcional, e deveria ocasionar uma exposição para toda a escola.

Escolhemos propor aos alunos a construção de luminárias. Em grupos de 3, os alunos deveriam bolar uma "linha" de luminárias. Teriam de fazer 1 tipo diferente de luminária para cada membro do grupo (p.ex: luminária de mesa, de teto, de chão, de parede...); mas todas teriam de ser visivelmente aparentadas, semelhantes entre si. Discutidos e definidos os temas e características grupais, cada aluno deveria desenhar e construiu a sua própria luminária, além de fazer cartazes, textos e desenhos de apresentação.

Abaixo, alguns exemplos dos objetos feitos pelos alunos.



(Cada exemplar aqui é de uma "linha" diferente. As fotos são minhas.)

O conjunto resultante ficou em exposição durante 2 semanas. Como professor, fiquei muito feliz com o resultado e com o amadurecimento que trouxe para os alunos que então terminavam seu primeiro ano de universidade. Foi certamente animador ver o impacto que a exposição ocasionou nos alunos do curso como um todo e, em especial, nos alunos da disciplina.

Gostaria muito que a iniciativa inaugurasse uma espécie de tradição para os primeiros anos do curso, mas não sei se isso será repetido este ano pelos novos professores.

Seja como for, é uma dessas coisas que me deixaram satisfeito em ser professor.


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terça-feira, 3 de novembro de 2009

só pra constar

Com você foi assim também?

Ouvi em tom grave: Claude Levi-Strauss morreu.
Minha pergunta mental imediata: uai, só agora? Ainda estava vivo?

Só pra constar.


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