segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Só pra constar

Este veículo tem como idéia básica a liberdade expressiva e humorística. Até por isso,

as opiniões veiculadas neste blog não refletem necessariamente as opiniões ou posições de ambos os redatores.

não é objetivo deste blog ofender ninguém. O tom ocasionalmente ofensivo é simplesmente o resíduo da labuta árdua, ácida e honesta do humor. Inguar qui nem a emissão de gases poluentes.





Bookmark and Share



Vem aí...

Galvanusol® : os supositórios de Frei Galvão.

Galvanusol® pode ser utilizado no tratamento de debilidade mental, falta de massa encefálica e compulsão por sexo anal.
obs: supositórios não-lubrificados

Um produto de Sé Labs® - underneath the dirt.


Bookmark and Share

SUPERCANONIZE ME

Qualquer semelhança com a estratégia do McDonald´s (Ronald) é mera confirmação de que tudo é business:

Padre usa boneco de frei Galvão durante missa
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GUARATINGUETÁ
Guaratinguetá, domingo, 10h. O pároco da catedral de Santo Antônio, padre Silvio César Florêncio, dá início à chamada "missa das crianças." Concluídos os primeiros ritos, ele convida os cerca de 20 meninos e meninas presentes a se juntarem a ele em frente ao altar. Então todos, inclusive o padre, se sentam no chão para acompanhar o tradicional show de marionetes.
"Adivinhe quem vem falar com a gente hoje? Vou dar dois sorvetes para quem acertar", diz o padre Florêncio às crianças. "É alguém muito especial. Isso mesmo, o frei Galvão", diz.
Surgem então duas marionetes: uma freira e outra em forma de Bíblia. O boneco de frei Galvão aparece pouco depois.
O padre, que assumiu a paróquia há dois anos, começou a utilizar o teatro de fantoches há cerca de um ano e meio para chamar a atenção das crianças.
"Que alegria foi para nós saber que o papa vai declarar a santidade do senhor, que é aqui de Guaratinguetá, a terrinha em que vivemos e trabalhamos", diz o padre para o boneco de frei Galvão, ao final da apresentação.
Fonte: Folha de São Paulo, 20/02/2007
Era disso que a gente precisava mesmo...

Frei Galvão, o santo do povão!!! Subitamente me lembrei de Bento Carneiro...mas vamos lá:

O papa anterior já dizia que o Brasil precisa de muitos santos. É de se estranhar mesmo, que no maior país católico do mundo - também o maior país evangélico do mundo - haja uma escassez de santos tão séria. Não sei quantos santos há no mundo, mas João Paulo 2º, fez 464 santificações, entre eles mexicanos, paraguaios e até um coreano (deve ser do sul, né?).

Agora...o que quer dizer isso? No mínimo que esse país é amaldiçoado mesmo. Prova de que se deus é brasileiro eu não quero nada com esse cara mesmo. Se deus for bonzinho mesmo deve ser sueco...

O tal Galvão nem foi canonizado ainda, e surgiu uma preocupação, também relatada na Folha: a comercialização das “pílulas de Frei Galvão”, que são uns pedacinhos de papel enrolado que ingerido como se fosse um remédio de verdade, cura de câncer de sovaco a parkinson. As pílulas, pra funcionar de verdade, tem que ser distribuídas gratuitamente.
Minha opinião: engolir papel demais deve fazer mal.


Bookmark and Share



domingo, 25 de fevereiro de 2007

Sabedoria paterna

Acabou o carnaval
Acabou o horário de verão
É só acabar o Big Brother e vai dar pra começar a aproveitar o ano


Bookmark and Share




Pensamentos tristes

Me falaram ontem: é triste dar aula na segunda feira
Por quê, pergunto
Você vai ver os alunos comentando as coisas que viram no Fantástico no domingo

Subitamente, pensar em minha profissão atual me traz um leve arrepio de pavor

Bookmark and Share

se dormir, não escreva

Olhando anotações. Caderno com possíveis falas para minhas próximas aulas de desenho na universidade.
“Desenhar bem exige necessariamente VER bem; e não falo de lentes de contato, mas falo de ENTENDER aquilo que vc vê.”
EU ESCREVI MESMO ISTO?
Caceta.


Bookmark and Share


 

Evolução, liberdade e processo histórico em V de Vingança. Ah, e sexo.


(escrito uns três meses depois de ver o filme, e complementado agora)

Vamos lá: uma pequena comparação entre filme adaptado e a história em quadrinhos original. Se você sentir cheiro de “nietzchezinhices” por aí, não se importe.
(Espero que convença quem ainda não leu o original a se aventurar por ele...)

Já vi alguns (e talvez muitos estejam com eles) defenderem que o "essencial" da obra original está lá no filme.
Discordo.
Porque para mim, algo essencial a várias obras de Moore e em especial a essa é a idéia de evolução. E essa idéia some no filme.
A evolução até a liberdade.
Vejamos alguns poucos pontos que ilustram a evolução e a liberdade, através de três personagens:
EVE (a Natalie Portman do filme...)
Na HQ, a evolução de Eve até a liberdade é impressionante, e é o centro da história. O filme tenta reproduzir alguns momentos disso, mas se preocupa muito em fazer de Eve um contraponto à frieza “terrorista” de V... no filme, Eve é formada e "opinosa" demais. Não tem a fragilidade quebradiça, desamparada e infantil da menina de Moore, que começa a história praticamente sem ter personalidade própria. Não é à toa que, no original, ela começa a história não “passeando” à noite, mas tentando se prostituir. Tentando vender-se em troca de alguma segurança a mais. E é nesse ato desesperado que ela falha miseravelmente, é abordada por policiais e salva pelo sombrio e carismático V.
Coisa simples que o filme não ousou. Aliás, é bom frisar logo agora: há uma certa “castidade” no filme, um pudor típico da indústria do cinema (na qual sexo raramente é coisa “normal”: ou é sedução-propaganda, ou perversão, ou violência, ou omissão). Eve permanece casta e pura, o filme inteiro; passa alguns dias na casa de seu chefe homossexual que não a toca, e que é morto pelo governo. Na HQ: tem um caso maduro e verdadeiro com um homem mais velho, que é assassinado não pelo governo, mas por um gângster barato (como diria depois V, por um "companheiro de cela" na prisão que todos vivem). Nãolições a serem aprendidas com o sexo no filmemas no quadrinho, sim; Moore não deixa barato, pois conhece o poder, o valor e o lugar do sexo como poucos.
No filme, Eve foge de V. Na HQ, V a expulsa. Pra mim isso é essencial: ele faz isso para forçá-la a crescer. V é, desde o início, o agente de sua maturidade: e isso inclui, é claro, feri-la impiedosamente.

FINCH (o detetive)
Há a evolução de Finch até a liberdade, totalmente apagada do filme. Talvez porque seja radical demais para a indústria -- afinal, poderia quase ser vista como, filosoficamente falando, uma apologia às drogas... pois, para compreender V, Finch recorre ao LSD, e dá vazão a um dos momentos (na minha opinião) mais belos da história das histórias em quadrinhos. Finch vê a si mesmo ao procurar ser V. Finch se liberta tentando alcançar seu inimigo. "Não lute contra monstros, sob pena de se tornar um”. Finch fita o abismo, e o abismo o fita de volta. Ao tentar entender a transfiguração ocorrida na mente de V, sua própria mente é transfigurada: seus grilhões se abrem, e ele torna-se subitamente livre – ao perceber ser ele mesmo aquilo que o prendia e limitava em sua vida inteira. Mas sua liberdade, a liberdade de um velho, é diferente da liberdade jovem de Eve; e enquanto esta toma o lugar de V para construir outro mundo, aquele simplesmente o abandona e sai caminhando para a liberdade solitária.
[Aliás, voltando pro sexo-omitido: há na HQ uma cândida e tênue ligação afetiva e sexual entre Finch e Delia (a médica ex-cientista de campo de concentração que V mata) e que é simplesmente esquecida no filme.]

SUSAN (o “Big Brother” feito pelo John Hurt)
(se alguém aqui não assistiu o documentário “A Arquitetura da Destruição” ou não leu um texto de Nietzche chamado "o que significam os valores ascéticos"... é um bom momento para ir atrás.Recomendo!)

Há ainda a “libertação” de Susan, o “grande líder”. É mais irônica e trágica, talvez. O Líder Fascista do filme é um Grande Irmão cinematográfico. Provavelmente algo que funciona melhor em um filme, claro. Mas, novamente: o essencial da obra original não está contemplado no filme.
O líder original não se parece com um religioso inflamado e perverso, um vilão desprezível; ele, na verdade, é quase que alguém digno de pena. Sua mediocridade emocional e personalidade doentia lhe aproximam muito mais de um burocrata vil de vida semi-monástica, um ser humano minúsculo ("mais máquina que homem") do que de um tirano corrupto. E Susan é – novamente Moore e o sexo – apaixonado pelo supercomputador Destino, que é quem realmente organiza e mantém coeso o regime fascista inglês. Sim, é isso mesmo, literalmente: APAIXONADO POR UM COMPUTADOR. (Se isto não o convencer a ler a HQ, nada mais o fará)
A “libertação final” de Susan (vá ler a HQ!) é quase a mesma de Hitler, aquela que, no fundo, este sempre pedira: a morte.

E, por fim: a noção de TRANSFORMAÇÃO HISTÓRICA some do filme.
V explode prédios, as pessoas colocam roupinhas e oh! Tudo está mudado! O Poder voltou para o povo!! Viva!!!
Em Moore, liberdade não é uma coisa a simplesmente ser entregue: as pessoas não estão simplesmente com a canga de uma ditadura fascista em si. Elas carregam seus grilhões e suas coleiras dentro delas mesmas, é a sua fraqueza que cria os "totalitarismos" e que clama por eles. Servidão voluntária. Em Moore a liberdade, a apavorante liberdade, requer sempre evolução pessoal. Transformação radical. Radicalidade que o cinema muito raramente consegue atingir – até porque sua característica industrial lhe confere pouca liberdade.
A ação de V cria apenas o início: traz caos e revolta total à Inglaterra, e não a “liberdade” democrática. A liberdade é projeto de longo termo, de gerações e gerações e de desenvolvimento individual e coletivo. É um processo histórico. Mas creio que o filme não quis mostrar uma situação final tão inconclusiva e ruidosa quanto a da HQ...
Bem, o V original não é um terrorista de fundo “democrata”. É um ANARQUISTA. E nem um só um “monstro” criado pelas “monstruosidades” do governo tirânico.
Ele é mais que isso, é aquele que transcendeu sua individualidade para se tornar idéia. Sua vendetta não é apaixonada ou desesperada, fruto de simples ódio. Ele está além do ódio.
Todo ato de V é político e estético, é cheio de plenitude simbólica. V não tem rosto porque não é "humano". Ele é um além-homem, uma criatura que lançou-se para fora da humanidade (se por "humanidade" tomarmos o eu e o você normaizinhos). Ele é em si uma existência plenamente política, que não problemas em pôr fim a si mesma quando isso se faz necessário em um plano mais amplo de ação sobre a realidade.
Seu ato de ódio é na verdade um ato de amor em sua face destruidora – e é por ser a “face destruidora” da anarquia que ele tem de se deixar matar, para colocar Eve – a face “criadora” – em seu lugar. Transformação que não se faz em uma geração, nem com um só indivíduo – mas com uma idéia imorredoura que, todavia, só pode ser expressa quando encarnada em alguém(s) e passada a diante em processo lento e contínuo.
E é essa “essência” que acho que o filme não pôde (e poderia?) captar adequadamente.
Bookmark and Share


Exumando inéditos

Tenho uma boa quantidade de material não publicado no Wilbor. Esse material todo já envelheceu.
Antes que envelheça mais, vamos colocar tudo isso aí. Não importando a qualidade ou o atraso, ok?
As batatas do vencedor
(escrito logo após a reeleição)
Esta eleição última foi um momento extremamente interessante.
Me fez retornar um pouco à infância: 1989, a torcida pelo Lulalá, etc.
É engraçado: Nunca torci tanto pelo Lula, em nenhuma de suas eleições anteriores. E eu com certeza tinha razões melhores para torcer por ele nessas outras.
Felizmente, minha reação posterior me mostrou que eu continuava são e que não tinha me convertido num militante: assim que o resultado da vitória veio, meu ânimo esfriou imediatamente, instantaneamente. Não houve comemoração alguma de minha parte. E ficou mais claro pra mim que nunca – e, veja bem, eu já sabia disso antes – que minha aflição e torcida eram, acima de tudo, medo do retorno do PSDB. Mas pior: de um PSDB canonizado pela incompetência e corrupção do governo petista, um PSDB que se veria talvez completamente sem oposição – uma vez que esta estaria desmoralizada – e completamente lambido pela imprensa.
(sim, sou daqueles que acham que a imprensa escrita em geral deu uma considerável “tucanada” nesses últimos quatro anos...)
Acabada a competição agora, certos fatos muito incômodos tem de ser retomados. Vou pegar só três pequenos.

Algumas verdades não podem ser ditas. Ou ao menos, não podem ser ditas de uma certa maneira.
O caso do caixa 2 é bem exemplar. Tenho certeza que o uso de caixa 2 em campanhas políticas é generalizado no Brasil, quase universal. AINDA ASSIM, isso NUNCA deveria ser dito pelo presidente do país, NUNCA em uma entrevista pública como aquela e NUNCA em tom de “não tenho culpa”, sob pena de desmoralização das instituições.
Outra coisa é o caso de “ser o governo mais investigado”. Ele é mesmo. E – isto é indizível -- talvez seja o governo mais probo da história brasileira desde que começamos a eleger presidentes de novo (isso não é TÃO difícil de acreditar se você fazer um esforço em lembrar dos governos predecessores, de tudo o que fizeram e de quais as quantias envolvidas...). Mas é imoral usar isso como defesa, é um argumento pueril.
Ah, e a retórica da propaganda política também foi especialmente odiosa. “Não troque o certo pelo duvidoso”? Foi exatamente isso que foi usado contra o PT por anos e anos a fio!
Muitas e muitas outras coisas, mas, enfim, alívio com gosto ruim na boca. Como um halls meio passado de um desses novos sabores esquisitos.


Bookmark and Share


 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

E falando em golfinhos...

Não é mentira...por algum motivo (possivelmente inveja) a Folha de São Paulo publicou nos últimos 6 dias 4 artigos a respeito da caça às baleias...e a sequência das notícias é divertidíssima, uma novelinha. Detalhe, o navio da história é sempre o mesmo.

10 de fevereiro de 2007:
Navio caçador de baleia salva dois ambientalistas perdidos na Antártida


12 de fevereiro de 2007:
Japão aposta em volta da caça comercial


13 de fevereiro de 2007:
Navio baleeiro e barco de ativistas batem em confronto na Antártida


15 de fevereiro de 2007:
Pesca da Baleia: navio sofre incêndio na Antártida



Minha pergunta: porque é tão importante pro Japão que se sirva carne de baleia nos restaurantes? A ponto dos caras ficarem mal com toda a opinião pública mundial, com as crianças e com a igreja? Caramba...que gosto será que tem esses bichos?



Bookmark and Share


 

BLOG AMIGO DOS GOLFINHOS

Wilbor se revolta fez fama ao apoiar certas causas.

Child abuse - just don´t! ganhou repercussão mundial, ajudou a capturar criminosos e levantou fundos para combater a fome na Tanzânia.

Uma outra campanha que teve menor impacto, mas não é menos importante, é a campanha em defesa dos golfinhos, esses bichinhos lindos e azuis. WSR tem muito orgulho em ostentar o selo "blog amigo dos golfinhos", conquistado à duras penas.

Pra quem não acredita que os golfinhos realmente são nossos amigos, faço questão de republicar aqui um artigo que saiu na Folha de São Paulo, em 24 de novembro de 2004:

Golfinho salva nadadores de um tubarão DA REUTERS Um grupo de golfinhos protegeu nadadores de um tubarão na Nova Zelândia. Três salva-vidas e uma menina de 15 anos nadavam a cem metros da praia quando os golfinhos os cercaram. "Eles começaram a nos reunir, fazendo círculos", disse Rob Howes, um dos salva-vidas, que tentou se afastar e viu um tubarão branco de três metros, mas foi logo trazido de volta pelos golfinhos, segundo seu relato.
OK?



Claro, com o selo vem as responsabilidades. E as garantias de WSR:

1. Este blog não prejudica, de maneira nenhuma os golfinhos, esses magníficos peixes alados.
2. Este blog não utiliza redes para pesca de atum.*
3. Os criadores desse blog não possuem roupas, ou acessórios pessoais feitos de partes de golfinhos.
4. Os criadores desse blog não tomam chá de genitálias de golfinhos para melhorar seu desempenho sexual - muito embora os benefícios trazidos chá de genitália dessas criaturas mágicas e boazinhas estejam relatados nos mais diversos estudos científicos.**
5. Sopa de golfinho tem um gosto horrível. Bem, é o que dizem.

*Não, nós não pescamos atum. Nem nas férias. Não, o que o Gabriel pesca são peixes-boi.
**Segundo a medicina chinesa. Já viu algum chinês equivocado? E chinês brocha, já viu? E golfinho brocha???



Bookmark and Share


 

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Começando a mudança...

Ano novo, casa nova...

Depois de mais de um ano hospedando o Wilbor na UOL, finalmente nos enchemos. O espaço por lá é muito limitado, tem poucas opções de configurações, o arquivo de imagens já tava lotado...

De agora em diante, em respeito aos nossos milhares de leitores, estaremos aqui.

abraços!!


Bookmark and Share

sábado, 10 de fevereiro de 2007

o facismo nosso de cada dia

"Assassinato brutal de criança comove o país"

Ler essa notícia me deu medo.
E não, o medo não é dos assinatos brutais
(e foram brutais mesmo).
O medo, por estranho que
pareça, é disto aqui:








Sinceramente: uma das coisas que acho assustadoras e hipócritas na atualidade são essas campanhas "para a paz". Até que tudo bem uma campanha "pela justiça" ou "contra a impunidade"; I can live with that. Me assusta é quando as pessoas começam a falar "contra a violência" ou "pela paz". Ou seja: quando as pessoas começam a falar em abstrações.
Abstrações que são logo, logo tornadas bem concretas por propostas como a da redução da maioridade penal.

Que jeito mais interessante de se pedir o aumento da violência estatal: pelo pedido de "paz". Com criancimnhas segurando velas. Ou aquela cena ridícula de abraçar a Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro, anos atrás.

Qual o meu medo a esse respeito? é que, para mim, parecem só uma máscara. E coisas mascaradas é que são mais insidiosas e dignas de medo.
Afinal, o que geralmente se quer nessas campanhas? Se quer o não dito.
O que se quer é que todos esses criminosos aí MORRAM. ESSA é a tal da "paz", me parece.
Você se coloca uma posição em que não encara nem a própria violência do que está pedindo. E é justamente esse momento de mascaramento que me dá medo -- porque ele é uma agressividade que se esconde, que não se revela, e que portanto é mais difícil de combater. Ele é coisa das "pessoas de bem", essa abstração assustadora.

Pra mim, esses "pela paz", pela abstração e mascaramento, são versões locais da "guerra contra o terrorismo".
Um pezão no fascismo.

Parafraseando Laymert dos Santos: o nosso fascismo cotidiano.


Bookmark and Share

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007