Pra quem quiser saber sobre o que se trata, vai a descrição que o autor fez para o press-release:
Breganejo Blues é uma novela policial que mistura quadrinhos, música brega, histórias de corno e bang-bang. É sobre uma dupla sertaneja que, para alavancar a carreira, decide armar a morte de um de seus integrantes. Ou sobre uma dupla sertaneja que, como já era de se esperar, tem um integrante gay que, por sua vez, tem uma mulher de fachada que, por sua vez, é comida pelo outro integrante da dupla que, por sua vez, às vezes come inclusive o companheiro. Isso sem falar das fãs, que eventualmente engravidam e recebem uma grana para o aborto. É sobre a viúva do companheiro gay, que não sabe que o falecido na verdade está vivo, se mudou pra São Luís do Maranhão e pretende retomar a carreira de cantor como cantora, após uma bem-sucedida operação de mudança de sexo. É também sobre um taxista que, na verdade, é um detetive que só investiga casos de corno e é fã do X-9 brasileiro Bechara Jalkh e do mocinho de faroeste Tex!
O lançamento teve algumas repercussões, inlcuindo aqui, aqui e no Omelete. Há também a entrevista com o Bruno n'O Globo:
Eu acompanhei o desenvolvimento do livro durante os últimos anos (alguma hora talvez eu conte a história de como conheci esse projeto), e dei alguns palpites na editoração dessa versão impressa . Mas o produto final é inteiro do Bruno: ele escreveu, diagramou e CUSTEOU o livro, que foi publicado de maneira totalmente independente, inaugurando o selo "Pitomba!" (que é uma referência ao manifesto pitomba).
O desenho da capa é do excelente Júlio Shimamoto, que curtiu tanto a parada que fez o trabalho sem combrar.
Agora o livro, ainda sem uma resenha, encara o desafio da distribuição...
Até o Chico Buarque foi cooptado para fazer propaganda no lançamento.
Eu agarantcho: o livro é BOM PRA CARAMBA.
Além de baratim e rápido de ler.
Vai aqui um trechinho para vocês terem idéia do tipo de prosa policial e farsesca que Bruno constrói aqui:
Expliquei tudo:
Que não sabia que ele tinha armado a morte do companheiro porque a dupla não dava mais porra nenhuma e eles precisavam reaparecer. Que eles inventaram tudo pra ganhar grana de um monte de imbecis apaixonados, baratas e leitoras de Carícia. Disse que não sabia nada sobre o Gugu e o cemitério e a Adailtur e a mulher de fachada do companheiro viado dele, que ele comia a mulher de fachada do companheiro viado e até o companheiro viado de vez em quando. Que as músicas eram todas de um carinha do interior do Amapá que ele tinha ameaçado de morte até a décima geração se abrisse a boca, falei que não sabia de nada do caixa dois dos jabás. Falei que não sabia de nada das remessas de coca que ele trazia no jatinho das turnês, que não sabia nada do delegado da polícia federal que era seu segurança nessas viagens, não falei das fãs grávidas que ele pagou aborto, não falei nada, nada mesmo.
A gente fala merda pra caralho pra não morrer.
.......
Agora... uma auto-propaganda.
Breganejo Blues tem uma edição virtual lançada quase simultaneamente pela editora Mojo Books.
O design visual completo dessa edição é de minha autoria, e o desenho da capa é do Pablo Meyer.
O livro é gratuito, e pode ser baixado aqui.
Aviso: a versão virtual e a versão impressa possuem algumas diferenças de conteúdo mesmo.
Meu conselho? Dê uma lida na edição virtual. (de preferência, tente prestar atenção no design da coisa... :))
E aí COMPRE a impressa. Que, na minha opinião, ficou no final um produto mais bem acabado e instigante.
É só mandar um e-mail pro Bruno que ele te envia. Mande!
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