Nos últimos quatro dias, de segunda a quinta, estive prestando concurso para professor de Expressão Gráfica e Análise de Arquitetura do Curso de Arquitetura da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em... Seropédica (o nome é esse mesmo).
Este foi o terceiro concurso para professor no qual participei. De longe, este era o que mais se adequava ao meu perfil e para o qual eu estava mais preparado — os outros dois foram para Design, na UEM e na FAU, e eu nem tinha terminado meu mestrado ainda. Mas este também foi o concurso que mais pesou sobre mim: tendo escolhido largar um ótimo emprego de professor público na UEM, meu futuro profissional na nova cidade é o que estava em jogo. Se por um lado me sentia mais seguro pelo meu perfil e experiência docente, por outro tanto maior era a obrigação de ter sucesso.
Foi uma correria atrás da outra. Fiquei sabendo do concurso no dia 18/12, avisado por uma amiga (valeu, Malu!). A inscrição se encerrava no dia 02 de janeiro. Meu final de ano estava completamente agendado — semana de natal ocupada com parentes e o casamento de um amigo, ano-novo como anfitrião. Quem esteve comigo no ano novo sabe o drama que foi a inscrição: tive que deixar de dar a devida atenção a meus amigos e parentes hóspedes para poder terminar a papelada de inscrição para o concurso, que incluía um Plano de Pesquisa.
O concurso foi marcado pra depois do carnaval. Resultado: passei o carnaval estudando. Além disso, a preparação incluiu um monte de livros trazidos da UEM, a compra de mais alguns (bem carinhos) e uma tarde na Biblioteca Nacional para pesquisar um único livro não encontrado em lugar algum. (tarde que se mostrou depois providencial!)
Nos dias do concurso: tensão, cansaço, o estranhamento do lugar, a precariedade da pousada em que fiquei, o calor horroroso, a má impressão inicial com Seropédica, um rápido ataque de pânico, uma noite virada e duas muito mal dormidas. E muito dinheiro gasto com táxi e hospedagem.
Afora isso, havia o medo da concorrência. Entre meus 16 concorrentes, haviam dois doutores, cinco doutorandos e três professores temporários que já davam aula no lugar. Ao final do concurso, a pontuação do meu currículo era realmente a menor dentre as 8 pessoas que chegaram na reta final.
Houve coisas boas: o clima de camaradagem entre os concorrentes ajudou muito, e os assuntos sorteados para provas escritas e didáticas foram muito bons mesmo para mim. Logo na primeira prova, o coordenador do curso avisou que as 2 vagas iniciais agora seriam 3, e mais à frente poderiam incluir até mais uma. A mente, mais aliviada, põe-se a calcular: “bem, se contar os dois doutores na frente e mais aquela ali... posso ainda entrar na quarta vaga, ou um deles pode desistir pra entrar noutro concurso e acabo incluído na terceira e etc etc.”
Todo o desgaste físico, mental e emocional, enfim, mostrou-se produtivo na quinta à noite. Porque, para a imensa alegria minha e de minha esposa, fui informado de que passei no concurso.
EM PRIMEIRO LUGAR.
(hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha)
Sim, eu estou me gabando... e rindo à toa até agora :) )
11 comentários:
Foi certamente uma questão de trabalho, comprometimento e esforço. Sinto-me muito recompensado.
Mas é fato que tenho uma tremenda sorte. Deixo um emprego já me sabendo futuramente empregado em outro... é muito bom.
RÁ!!!!!!
... vou acender uma vela pra São Érico neste domingo.
PUTA QUE PARIU, GABRIEL.... parabéns, cara! Fico muito feliz mesmo com esse teu resultado! Felicidades para ti e para Dani. SEU FDP (sim, meu caro, dei para falar bastante palavrão)... heheheh. E parabéns pelo 1. lugar.
Parabééééééééééénnnnnnnnssssss!!!!!! Sucesso e muito mais.... Embriague-se com este feito. Vale a pena se gabar , reconhecer o esforço e mérito próprios!!!! Vou tomar uma la trappe para comemorar!!!!
Bom, já mandei o e-mail, mas deixo registrado aqui também:
PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Esse menino é foda!
Eu cliquei no link que você deixou de Seropédica (nunca ouvi falar), e os caras produziam a melhor seda do mundo....que coisa inusitada...
Viva Santo Érico!
Ah, o negócio da seda já era...a principal atividade hoje é vender areia para a construção civil.
Pessoal, muito obrigado mesmo pelos cumprimentos!
(ontem eu tomei uma la Trappe pra comemorar, hehehehe!)
Pô...La Trappe...a gente ensina e o cara fica fazendo inveja. A única coisa pior é o Gabriel comendo chocolate beeeeeeem devagar.
beeeeeeem devagar é mais gostoso (ainda mais se todo mundo já comeu)
hehehehehe
Aliás, Marcelo, o Rio é um lugar interessantíssimo para os apreciadores de cerveja. É fácil de comprar cervejas difíceis... quando você nos visitar, façamos uma degustação!
Com certeza! E quanto aos livros, se você puder se separar deles um pouco eu agradeço, não gosto muito de ler no monitor. Prometo que devolvo logo.
abração!
Sem problema, eu levo os 3 livros então.
Postar um comentário