quinta-feira, 24 de julho de 2008

Falha de São Paulo

Já há muito que o jornal que mais leio, a Folha de São Paulo, é constante fonte de decepção. Do primeiro caderno à ilustrada, me choco com a falta de profundidade, com a parcialidade, com o descaso com o direito doleitor a uma informação decente.

O texto para o Ombudsman escrito por Idelber Avelar, do Biscoito Fino e a Massa, expressa muito bem muito dessa minha indignação para com o jornal.

Reproduzo abaixo o início do texto. Os destaques são meus:


Cópia de um email ao ombudsman da Folha de São Paulo
Caro Sr. Carlos Eduardo Lins da Silva:
Sou leitor diário da Folha de São Paulo há exatos 27 anos. Apesar da campanha explícita do jornal em favor de um dos candidatos à Presidência em 2006, da transformação da “Ilustrada” em caderno de fofocas e futilidades e da incrível proeza do suplemento “Mais!”, de ser ao mesmo tempo irrelevante para especialistas e incompreensível para não-especialistas, continuo considerando a Folha o melhor jornal brasileiro.
No caso da cobertura das prisões de Daniel Dantas, o sr. reconhece, em sua coluna (para assinantes) deste domingo, que a maioria absoluta dos leitores que se manifestaram teceram críticas à cobertura do jornal. Pertenço a essa maioria. No entanto, o sr. atribui muitas das críticas à “guerra sectária de petistas e tucanos que envenena o ambiente social e político brasileiro”. É uma leitura possível. Mas ela é francamente contraditória com os seus próprios parágrafos seguintes.

Para o texto completo, aqui.



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2 comentários:

Marcílio, o gêmeo malvado disse...

O Carlos Eduardo Lins e Silva é talvez o melhor ombudsman que a Folha já teve.

Infelizmente, ele assumiu quando o anterior - Mário Magalhães - resolveui não renovar em virtude do cancelamento da divulgação da crítica diária, que agora é só interna. A Folha, dessa forma, retrocedeu, e o Carlos Eduardo Lins e Silva assume numa posição meio incômoda, aceitando essa nova realidade da Folha.

Gabriel G; disse...

Me chamou atenção o comentário sobre o suplemento MAIS!. Anos atrás, ele era uma pusta referência pra mim. Hoje, já faz muito tempo que não vejo um exemplar dele que seja relevante, profundo e bem articulado.

Claro: não acompanho mais o jornal, e posso ter tido azar de pegar justamente exemplos menos interessantes. Mas estou achando que não.