sábado, 31 de maio de 2008

É um mundo estranho

RÁÁÁ!!!
Quase ninguém lembrava. Ou, pelo menos, ninguém com quem eu falei. Mas – viva a internet -- eu descobri que não estou sozinho nas minhas percepções.
(sou muito convencido em relação ao meu ouvido musical. E depois dessa posso ficar insuportável)

TODO MUNDO da minha geração lembra de He-Man, obviamente. O desenhão do cara loirinho de malha branca e colete rosa e fala mansa que vira um cara loiro-queimado de pele morena, voz grossa e cueca peluda, cruzamento de Conan, Príncipe Valente e Doris Day.
Eu costumo comentar sobre os episódios em que as músicas-tema tão conhecidas por nós eram substituídas por... bem... músicas esquisitinhas. O que dava um ar extremamente insólito para todo o conjunto, principalmente quando assistido por uma criança pré-adolescente. E deixava o enredo tolo muito mais interessante!
O problema, repito, é que eu sempre quis comentar a respeito disso e quase nunca (só pra descontar do “nunca” alguém de quem não esteja me lembrando agora) encontre ealguém que lembrasse dessas músicas bizarras.

Eu suspeitava de que essa esquisitice pudesse ser algo apenas da dublagem brasileira. E, no youtube, descobri que outros chegaram à mesma conclusão. Algumas das músicas estranhas -- a que está no vídeo e a encontrada aqui – ainda não tiveram suas autorias descobertas por nossos conterrâneos investigadores... vale até a pena dar uma olhadinha rápida na discussão no Youtube sobre isso.

Mas o melhor é outra dessas músicas estranhas, uma que não está nos vídeos do Youtube mas que aparece nas discussões (comprovando que não fui só eu que ouvi!)... e é a fonte de outra bizarria.
Quando eu tinha 14 anos, assisti Laranja Mecânica (do Kubrick) pela primeira vez. Quem viu sabe que a trilha sonora é muito, muito marcante nesse filme.
Lá, em um momento muito pequeno e bizarro (o da tortura de Alex, nosso protagonista sociopata ultraviolento), quando tocava uma música que era mais um apanhado inquietante de sons... reconheci justamente um trecho de música estranha tocada naqueles episódios esquisitos de He-man!! (E, na verdade, a mais insólita música de todas as que lá tocaram.)
Uns 8 Anos depois, já na faculdade, um grande amigo meu gravou para mim (a partir dum vinil de seu pai) a trilha sonora do filme. Lá, minha suspeita se comprovou: um trecho da esquisita, agressiva, eletrônica e dodecafônica Timesteps era o que eu ouvira quando criança num desenho animado!

Fechando a Bizarria:
Proocurei a história do compositor dessa música. Eu achava na internet ora o nome Walter Carlos (“será brasileiro?”, pensei), ora o nome Wendy Carlos.
Ora, que estranho! Fui checar na Wikipedia e... ambos estavam certos.
Walter Carlos, compositor da trilha sonora de Laranja Mecânica e cuja música estranha teria trechos tocados num desenho infantil esquisitão... trocou de sexo e virou Wendy.
Caraio.


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terça-feira, 20 de maio de 2008

Assim falou o Einstein

Dentre as frases preferidas dos religiosos estão duas de Einstein:

"A ciência sem religião é manca, a religião sem a ciência é cega".

"Não creio no Deus da teologia que recompensa o bem e pune o mal" (portanto acreditaria em algum outro tipo de deus)


Já ouvi muita gente feliz da vida com essas duas afirmações, como se fosse um atestado da religiosidade de Einstein, e que a implicação disso é a existência irrefutável da existência de tal bicho, afinal, Einstein disse.

Jamais acreditei que tais declarações pudessem exprimir qualquer coisa além de uma polidez extrema, ou na pior das hipóteses, um certo temor de expor idéias que provocam certa revolta na sociedade carola.

Agora apareceu uma carta inédita do alemão, datada de 1954, que entre outras coisas diz que:

"A palavra Deus é para mim nada mais do que expressão e produto da fraqueza humana"

"A religião judaica, como todas as outras religiões, é uma encarnação das superstições mais infantis."


Disse-o Einstein.



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Espiritismo e a imbecilização de "tudo que é mais sagrado"

O Gabriel definiou bem o que define o sentimento que eu tenho em relação às religiõs: me sinto enganado. De fato, estudei em colégio católico, participei de grupos de jovens, rezei muito e lá pelas tantas descobri que era tudo um engano. Tudo mentira.

Dito isso, vamos ao tema.

Reportagem de ontem, na Folha fala sobre a criação da Associação Jurídico-Espirita de São Paulo. Defendem uma maior "espiritualização" do Judiciário. Alegam para tanto, que o Estado é laico, mas as pessoas não. Isso inclusive justifica a presença de um instrumento de execução romano nos nossos tribunais.

"Eles defendem um Judiciário mais sensível às questões humanitárias, dizem que a maior lei é a de Deus, vêem na condenação penal e na própria função uma missão de vida, defendem o uso de cartas psicografadas nos tribunais e estimulam, nas audiências, a fraternidade entre vítimas e criminosos."

Por sorte, tudo que temos hoje de avanços humanitários é bastante desvinculado do que o tal Jeová (bem definido por Dawkins como "um monstro do mal") considerava ser correto. Caso contrário, estaríamos sujeitando nossas esposas a estupros dentre outras soluções lógicas.

Mas enfim, o grande problema que eu vi na tal associação é o fato de que eles defendem que cartas psicografadas devam ser aceitas como provas nos tribunais. Um tal Francisco Cesar Asfor Rocha chega ao ponto de declarar que "Não enxergaria nenhuma diferença entre uma declaração feita por mim ou por você e uma declaração mediúnica, que foi psicografada por alguém".

E se alguém mentir? E se fantasmas não existirem?

Puta merda.



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quinta-feira, 15 de maio de 2008

cagada

Grande cagada do Lula a demissão de Marina Silva.

Vai-se embora uma das últimas grandes figuras do PT. Marina Silva é sem sombra de dúvida o maior nome que temos se queremos lutar pela preservação da Amazônia. Mas o governo precisou optar entre os interesses dos ruralistas, industriais, neoliberais e a defesa do meio ambiente (que diga-se de passagem, não tem nada de pouco importante).

Da mesma maneira, por incompatibilidade de interesses e visível falta de ousadia, o governo Lula perdeu Cristovam Buarque ainda no comecinho do primeiro mandato. Ainda que o senador tenha feito uma questionável defesa do reitor da UnB, na época não tinha ninguém dentro do PT mais qualificado que ele.

Infelizmente as áreas nas quais esse governo mais peca são aquelas em que todos nós tínhamos esperança de ver alguma mudança com Lula no poder.



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quinta-feira, 8 de maio de 2008

os diferentes

Não sei se todo mundo já viu isso...

A resposta da ministra Dilma Roussef a uma provocação do senador Agripino Maia do PFL-RN (ah, o cara é o presidente naccional do partido). O cara tem a pachorra de insinuar que a ministra é mentirosa por ter declarado que sob tortura mentia, e ainda acusa o governo de golpista...assistam:



A resposta da ministra dispensa qualquer outra tentativa de defesa.

Interessante a cara do babaca enquanto toma uma senhora bronca da Dilma. E a cara dos seus colegas.

Interessante ainda que essa expressão nos é familiar, lembra muito as caras do Alckmin (outro gênio da política nacional) durante os debates com o Lula.

Certamente tem gente achando que o senador venceu a discussão e que a ministra é uma mentirosa assumida.


A íntegra da resposta da ministra:



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segunda-feira, 5 de maio de 2008

P´s & F´s





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Gozado que o rapaz se parece muito com alguém
que eu conhecia há muito tempo atrás e que tinha
uma relação parecida com os pais...
E os pais são "bobocas-padrão" laertianos.