Sem maiores delongas: o espaço que o Laerte ocupa aos sábados, que rendeu "Muchacha" e "Laertevisão" agora está sendo utilizado para uma experiência meio rara na produção do Laerte: Charges e quadros com temas políticos. As últimas 10 são assim, com exceção (talvez) da segunda na sequência que coloquei aqui:
Várias dessas se referem à discussão do casamento gay, sendo que na 9a. ele resolveu desenhar o Bolsonaro mesmo. Aliás, Bolsonaro foi o que aconteceu antes da primeira tirinha dessa série, que já havíamos postado aqui, como resposta àquela estupidez racista/homofóbica que ele disse à Preta Gil.
A quarta aparentemente trata do uso da norma culta na língua portuguesa (a discussão sobre o livro que relativiza os erros de português).
As outras são mais claras, e resolvi postá-las aqui depois de ver a última - talvez uma referência à entrevista do Palocci.
Divirtam-se!
Inserido posteriormente: ok, não tinha nada a ver com o Palocci, mea culpa....eu não tinha a menor noção da existência de um "Brilhante Ustra", ache com cara de barbudinho do PT).
Inserido posteriormente: ok, não tinha nada a ver com o Palocci, mea culpa....eu não tinha a menor noção da existência de um "Brilhante Ustra", ache com cara de barbudinho do PT).
7 comentários:
Eu andava percebendo isso também, Marcelo... eu já tinha postado a tira do Sarkozy lá embaixo, da qual até agora eu dou risada sozinho. Na verdade o Laerte já teve tempos mais "políticos", mas suas intervenções diretas no debate costumam ser episódicas.
Ultimamente, isso tem mudado.
Me impressiona a sagacidade do Laerte, como alguns comentários são sutilmente certeiros, como o das raças ou o do Sarkozy. Mas o "campo de batalha" mais freqüentado por ele continua sendo o de gênero e sexualidade.
Acho que a quarta tira não é sobre a questão da cartilha não... quando eu a vi pela primeira vez essa polêmica da cartilha nem tinha estourado. Tava no momento "bullyng boom".
Também acho que a última não tem a ver com o Palloci. É referência à questão da anistia, dos torturadores e etc. -- a contínua insistência dos últimos governos em não bulir de jeito algum com os arquivos da ditadura. É uma questão muito mais cara ao Laerte.
Acho que ele derrapa um pouco na tira do Bolsonaro -- direto demais, meio óbvio demais.Ele devia estar puto da vida ou com pressa quando fez essa.
Fala Gabriel,
Concordo com a quarta, não tinha me atentado para a data. Nessa última eu pensei bastante antes de escrever, e obviamente a questão da anistia é o que está na frente. Só que no momento não tem ninguém falando na comissão da verdade, e essa tirinha saiu no dia seguinte à entrevista do Palocci - como a do Bin Laden msaiu logo em seguida à sua morte. Nessa entrevista, o ex-ministro repetiu diversas vezes que "as pessoas tinham que ter boa fé", e que ele havia prestado todas as informações necessárias para os órgãos competentes, mas não poderia revelar essas informações ao público geral...ou seja: deveríamos confiar na palavra do ministro, que forneceu "explicações e versões confiáveis e suficientes". Eu acho que o Laerte encontrou um paralelo entre as duas questões, mas acho que o motivo dessa é o Palocci mesmo.
Concordo que a do Bolsonaro é mais fraca que as outras, e a do Sarkozy é muito boa. Essa última (se eu entendi direito) foi uma das que mais me fez rir.
Outra coisa que me fez pensar no Palocci foi a barba do personagem...pode ser viagem minha, mas a gente sabe como é sutil o universo do Laerte.
Curiosidade, que não tem nada haver diretamente. Mas iniquícia???? kkkkk
Oi Marcelo!
Por acaso descobri que a charge do Brilhante Ustra" é realmente uma referência à ditadura, nao ao Palocci.
Brilhante Ustra existiu mesmo, é figura real e polêmica recente. Veja aqui:
http://revistaforum.com.br/idelberavelar/2011/07/26/ustra-torturador-do-doi-codi-e-colaborador-da-folha-vai-a-julgamento-nesta-quarta/
kkkkkk!!!!!!
Cara, isso é inacreditável...porra, "Brilhante Ustra"???
É, eu comi barriga duas vezes nessa história, porque sou assinante da piauí e da Folha.
Na edição 55 da piauí o Persio Arida escreveu um artigo enorme, no qual cita fatos ocorridos enquanto esteve preso no DOI-SP:
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-55/memorias-vertiginosas/rakudianai
Dias depois, a Folha concedeu espaço para o Brihante Ustra na seção "tendências/debates", no qual o coronel, que foi chefe do DOI-SP refuta as alegações de Persio Arida:
http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=5229&Itemid=1
Mais interessante é esse site no qual se encontra o texto do Ustra, "a verdade sufocada - a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça" - aliás, título de um dos livros escritos pelo coronel.
Provavelmente muita gente sabe muito bem quem foi o Brilhante Ustra - acho que toda esquerda paulistana da década de 1970, meu pai inclusive. Eu achei que tinha todo jeito - e nome - de coisa do Laerte.
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