domingo, 23 de maio de 2010

novidade

Como certas coisas não mudam nunca (ainda bem!), na minha visita à nossa redação carioca rolou mais uma lomnga conversa sobre Laerte, morte do Glauco, e outros autores de tirinhas da Folha.  Não sabia que o Gabriel conhecia o trabalho do João Montanaro, por não ser assinante, esquecendo talvez seja mesmo provável que os agaquéfilos já tivessem notícia.

O João é um menino de 14 anos que começou, no ano passado, a publicar tirinhas na contracapa da Folhinha.  Me impressionou a boa qualidade do trabalho, e achei muito adequado que a Folha desse espaço para alguém interessante "meio que" na faixa etária dos leitores.  "Meio que" porque a Folhinha visa um público ainda mais jovem, mas enfim...

Hoje a Folha estreiou um novo modelo gráfico para o jornal...e mais, reformulou alguns cadernos - o metido à besta (mas bom) "mais" deu lugar a um caderno curto chamado "ilustríssima".  Alguns colunistas se foram, outros chegaram, mas a minha surpresa foi a promoção do João Montanaro para a página 2, na charge editorial: 


Vi essa charge sem saber que era dele, mas reconheci a assinatura e fui procurar no caderno que explicava as mudanças e tá lá...ele vai publicar com alguma frequência no espaço que é meio propriedade do Angeli, que publica em dias alternados - merecidamente, o cara se tornou um mestr das charges.

Agora, o legal é que a idéia é muito bacana, mostra que o João é um cara antenado - provavelmente leitor do jornal.  Não é tão impressionante ver meninos nessa idade discutindo política e ciência (conheci alguns no meu tempo), mas a Folha dar esse espaço foi, na minha opinião, uma aposta acertada.  Espero vê-lo na ilustrada em breve.   Vai ser interessante acompanhar essa novidade desde tão cedo...literalmente.

2 comentários:

Gabriel G; disse...

Cara, essa charge é MUITO boa.

Repare em como o desenho funciona, mesmo tão pouco realista. O "Lula" desenhado na verdade não se parece muito com o Lula: não tem nenhum dos signos fáceis como a faixa presidencial ou os "quatro dedos"; tem a barba, o terno e um pouco das orelhas, mas podia ser um velho qualquer num microscópio. A Dilma, então, é completamente irreconhecível. O nome dos dois personagens não é citado em nenhum momento... e, AINDA ASSIM, a gente não tem dúvida de quem está sendo retratado aqui. Genial.

Me espantou a originalidade e, sobretudo, a segurança da abordagem da charge. Vindo de um moleque de 14 anos!!!
O que esse cara vai fazer aos 30?

Marcílio, o gêmeo malvado disse...

Pois é, eu achei foda também...e a exemplo do Gabriel fico pensando que esse é um cara que promete muito pros próximos anos - aliás, é o primeiro que a gente tem boa chance de morrer lendo...rsrsr!