domingo, 24 de janeiro de 2010

Avatar (2)

Essa foi o Dalker que me passou:
AVATAR = POCAHONTAS




O Marcelo falou que Avatar era meio Disney, mas acho que até ele ficou supreso ao se dar conta da semelhança...
Bom, o pessoal de um site bem engraçado, o Graphjam, já avacalhou:






O pior é que eu tava preparando um texto longo discutindo Avatar e um outro filme... mas depois dessa eu não sei se vou terminá-lo tão cedo.


Bookmark and Share


 

11 comentários:

Kiko disse...

Whatever. Valeu cada centavo do ingresso 3D. O filme é lindo, e é para isso que ele é feito. Os feitos de Cameron notadamente nunca foram de roteiro, embora ele seja um bom contador de estórias. Ele sempre foi um visionário da tecnologia cinematográfica, o que em si não é nada desprezível, uma vez que é também de avanços tecnológicos que são feitas grandes obras em qualquer campo artístico. Que de roteiro ele nunca vai ganhar nem um Festival de Gramado, todo mundo sabe. Quero ver ter cojones pra passar 10 anos desenvolvendo uma câmera que estará em 100% dos filmes 3D em 5 anos. Cidadão Kane só foi possível pois Welles utilizou os novíssimos filmes de alta sensibilidade desenvolvidos pela Kodak, o que possibilitou para ele utilizar uma iluminação diferenciada e um uso único de profundidade de campo em cena. Eu estou comparando um com outro? Claro que não! Só digo que, se daqui 5 anos um filme de animação ganhar o prêmio de melhor filme e um CGC (Computer Graphic Character, sigla que eu inventei agora) ganhar um Oscar, Cameron vai estar por trás. E não é pouco.

Gabriel G; disse...

Opa! Olá, Kiko, bom vê-lo no blog.

O Marcelo já tinha comentado no primeiro post sobre Avatar (mais abaixo) sobre o impacto dos efeitos. E os efeitos FORAM do caralho. O que você lembrou é a pura verdade: Cameron tem sim um histórico fodão de desenvolvimento tecnológico -- e quem duvidar é só lembrar do uso de computação gráfica no Terminator II e do "O segredo do Abismo".

Só pra deixar claro: quando assisti Avatar -- e fiz QUESTÃO de só assistir no 3D -- eu não saí "revoltado com o roteiro" dele nem nada assim. Até porque eu vi lá exatamente o que eu estava esperando: imagens impressionantes e narrativa de ação bem montada. Cameron é um contador de histórias tão eficiente que consegue (e já conseguiu várias vezes, né?) fazer um filme de 3 horas sem deixá-lo cansativo, o que realmente não é pouco.(O Peter Jackson até tenta, mas falhou miseravelmente no King Kong)

MMMASSS........ mesmo assim tem uma coisa. Festival de gramado nenhum filme do Cameron nunca ganhou nem vai ganhar. Ainda assim, ele já fez VÁRIOS filmes com roteiros mais bem feitos que Avatar. Eu já tinha percebido que o filme tinha uma grande quantidade de clichês, e não tinha dado muita bola -- afinal, usar lugares-comuns faz parte da conexão emocional fácil com o público, que é o objetivo. Mas o que me chocou quando olhei essa comparação "pocahontas-avatar" é que há aí uma estrutura-clichê inteirinha, completa, cuja magnitude eu não tinha notado ainda.

Nesse caso, acho que a avacalhação do Graphjam é bem verdadeira, no fundo.

Claro que "a História" e a imensa gargantuélica maioria da pessoas não vai dar bola pra isso, perto do impacto tecnológico. E, na verdade, é por isso mesmo que eu postei.

Gabriel G; disse...

O caso de Avatar me lembra um pouco o caso do Steamboy do Katsuhiro Otomo -- mas o caso do Otomo foi pior.
O japonês demorou também DEZ anos fazendo a animação, e aí fui todo empolgadão assistir... pra ver um desenho lindo, mas que não empolga lá muito, tudo por causa da falta de investimento em uma história e personagens mais bacanas. (Não é o caso de Avatar, que consegue empolgar muito bem)

Alberto disse...

Era com o Steamboy que ce ai fazer a comparação mesmo?

Gabriel G; disse...

Não é lá uma boa comparação mesmo... mas a coisa dos 10 anos de produção e da assimetria entre esta e o roteiro acabaram me fazendo juntar os dois.

Kiko disse...

Não, o post é sensacional, ri muito... Porque - como sempre - toda brincadeira tem um fundo de verdade. A avacalhação do roteiro me lembrou aquele post do Lugar Comum que fazia o plot de todos os filmes do Tom Cruise, de forma genial. Steamboy... essa comparação eu nunca ia fazer. Me fez lembrar das minhas expectativas pro never ending e never going live-action do Akira e do Evangelion que já foram as alturas e voltaram pro pó.

Anônimo disse...

Nada como uma boa historia muito bem recontada.

Alberto disse...

Mas não acho a história boa. Maniqueista no pior sentido do termo. Aliás acho que o termo maniqueísmo só vem a mente nessas ocasiões em que os valores estão invertidos.

Então a civilização não tem nada a contribuir com a sapiência indígena (ou smurfica-thundercatica como no filme)?

Quanto tempo falta pra acabar e era de aquário hein?

Gabriel G; disse...

O ambientalismo é o ópio das massas... hehehehehehe

Kiko disse...

C´mon, tem lógico a civilização do bem! A dos cientistas bonzinhos que levam espelho pros indígenas e pesquisam biologia e ecossistema, levam na escolinha pra aprender inglês.. contras os porcos capitalistas, hahaha. Enfim.. teve uma hora que me deu até vergonha, aquelas cenas das pessoas balançando juntas em volta da árvore.. putz. Mas é que nem um filme do Jackie Chang, vc já sabe que vai ser maniqueísta. Só que neste caso, concordo com o alberto que é um maniqueísmo de pólo invertido. Ah, tá.. nego ia atravessar a galáxia por 5 anos e só ia ter UMA base fazendo UMA pesquisa no sistema. Ahã. Bom, isso pra começar.

Gabriel G; disse...

"teve uma hora que me deu até vergonha, aquelas cenas das pessoas balançando juntas em volta da árvore"

Putz, Kiko, eu fiquei constrangido com isso também... foi bem brega!

Acrescento mais uma coisa: os porcos capitalistas e militares. :)

Se o filme fosse mais realista, pelo menos os "porcos" estariam também gerando royalties de biotecnologia com o "cabo USB" dos nativos.