Conheci o trabalho dos caras no ano passado (acho), na Folha, e devo confessar que o estilo me agradou inicialmente: a utilização pouco convencional do espaço, o desenho em si, e algumas idéias. Os quadrinhos tinham um “quê” existencialista que me agradava, algumas idéias pareciam coisa do Laerte – deixo aqui as minhas desculpas ao Laerte.
O motivo deste texto: ano passado, os irmãos foram condecorados com o “Eisner Awards”, o “Oscar dos quadrinhos” – tô errado? Beleza, o Brasil nunca ganhou um Oscar, por exemplo... acho ótimo ver os artistas da terrinha reconhecidos lá fora, mas aí me peguei pensando no que eu realmente acho (do que conheço) dos caras. Será que realmente mereciam um prêmio de melhores do mundo?
Bom...devo admitir que algumas das tirinhas dos caras são boas, e que do ponto de vista artístico são irretocáveis. Pra não ser muito injusto, vou falar aqui que o prêmio de melhor desenho talvez seja merecido.
Alguns exemplos:
Essas duas aí em cima, por exemplo, são das que me chamaram a atenção no começo...o humor é sutil, o desenho é muito bom, a utilização do espaço é interessante (embora eles façam coisas muito mais ousadas nesse sentido).
Mas aí, uma boa parte do que os caras publicam são desse tipo:
Bão............. sou só eu ou alguém nota um certo apelo de auto-ajuda, uma coisa babaca? Como aquelas apresentações bonitinhas de PowerPoint? Aqueles 10 e-mails encaminhados que nos chegam todos os dias?
Honestamente, eu não quero ser injusto com os caras, mas realmente tem saído muita coisa assim. Pseudo-filósofos são das coisas que mais me irritam, e eu noto no trabalho dos gêmeos uma certa pretensão intelectual meio chata. Eis um exemplo do que isso me parece:
Acho lindo os dois irmãos – gêmeos ainda por cima!! – trabalhando juntos...mas não são necessárias duas cabeças pra produzir isso (embora a nossa criação, abaixo, tenha sido fruto de trabalho em dupla). Sugiro que os gêmeos tentem explorar um pouco o mundo sozinhos, que ampliem os horizontes e por favor, parem com a coisa de auto-ajuda.
Adiante, um quadrinho (roteiro meu e desenho do Gabriel) emulando o estilo dos dois com a ideia da figurinha “amar é...” acima:
Honestamente, eu não quero ser injusto com os caras, mas realmente tem saído muita coisa assim. Pseudo-filósofos são das coisas que mais me irritam, e eu noto no trabalho dos gêmeos uma certa pretensão intelectual meio chata. Eis um exemplo do que isso me parece:
Acho lindo os dois irmãos – gêmeos ainda por cima!! – trabalhando juntos...mas não são necessárias duas cabeças pra produzir isso (embora a nossa criação, abaixo, tenha sido fruto de trabalho em dupla). Sugiro que os gêmeos tentem explorar um pouco o mundo sozinhos, que ampliem os horizontes e por favor, parem com a coisa de auto-ajuda.
Adiante, um quadrinho (roteiro meu e desenho do Gabriel) emulando o estilo dos dois com a ideia da figurinha “amar é...” acima:
Um comentário:
Só pra constar:
O desenho do Gabriel ficou tão parecido e a história tão babaca que se os caras olharem isso no futuro é capaz de acreditarem que foram eles que fizeram...rsrsrs!!!
Já faz algum tempo que eu escrevi esse texto, nem me lembro quando...depois de um tempo, fiquei pensando que estava sendo muito duro com os caras, mas a cada sábado me irrito mais com eles.
Por mim, podem pegar o seu Eisner e...
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