quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mais uma vez

Wilbor está sem assunto, e novamente preencho o tempo com meus velhos desenhos.

Aqui vai mais um conjunto da série Vida Universitária 1998-2002: Desenho com massas.

Até antes da faculdade, a linha era praticamente tudo o que eu usava como elemento de desenho. É claro, havia também os "preenchimentos" da pintura, das tonalidades de aguada e da coloração, os quais eu empregava bem de vez em quando; mas a linha dominava minha compreensão de desenho propriamente dito -- ou seja, a construção da forma.

Um professor me mostrou então desenhos construídos diretamente por massas de pigmento, com poucas linhas em cooperação ou sem linha alguma.

A partir disso eu realizei alguns estudos me aproveitando do belo efeito que o grafite integral tem quando é usado deitado como um giz de cera... E aí estão alguns resultados.

Embora possam parecer abstratos, todos os desenhos são retratos de colegas de classe assistindo aula.

Estes dois primeiros são desenhos sem linha, nos quais fiz uso de massas escuras para delimitar as bordas externas das pessoas.









Os próximos dois desenhos podem ser meio difíceis de decifrar sem um aviso: tratam-se de um amontoado de esboços feitos no mesmo papel (todos retratando pessoas). Nos dois casos, as linhas são empregadas pontualmente, pra acentuar alguns detalhes.











Uma coisa legal do grafite, quando manejado dessa maneira, éo jeito como ele pega as texturas do papel ou das superfícies debaixo do papel.
Quando fiz estes dois próximos, eu não tinha nem pensado nisso. Por acaso, eu estava desenhando em papéis já usados; e os papéis eram daquelas folhas mais quadradas e finas usadas em impressão matricial (quem lembra), as quais ficam bem marcadas...

Resultado: podem notar as letras ao contrário que emergem onde há o grafite?






Foi um acidente muito interessante.


Estes dois últimos são os meus preferidos: acho que aqui consegui o melhor resultado em juntar forma abstrata, economia formal, uso pontual de linhas e expressão. (coincidentemente, são retratos da mesma pessoa)








Tenho que fazer mais desses. (o chato é a sujeira ocasional)


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4 comentários:

Gabriel G; disse...

(...será que as pessoas não entenderam o que está desenhado e ficaram cabreiras de perguntar?)

Marcílio, o gêmeo malvado disse...

Não, pelo contrário, estão ótimos. Gostei muito desse em que as letras apareceram.

sandramilk disse...

Adorei todos e espero por mais.... Cada um traz diferentes emoções e impressões...

Gabriel G; disse...

Obrigado pelos comentários, pessoal... desculpe a "manha", hehehe.

É comum não haver comentários aos posts de desenho, mas sobre esses antigos em especial eu gostaria de ouvir opiniões. Valeu!