terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ano novo, vida nova... mesmo

Excetuando casos peculiares que trazem reflexão ou risada, não é comum aqui que eu e o Marcelo falemos de nossa vida pessoal, e nem é esta a proposta deste blog. Como primeiro post meu deste ano, contudo, pretendo abrir uma exceção que acho bem válida.

Pois este é uma ano de mudanças grandes. Mudanças na verdade começadas no ano passado, mas que só tomarão sua devida proporção (quero crer) neste 2009.

Colocando de jeito curto: no meio do ano passado, me casei. Minha esposa, poucos meses antes do casamento, foi trabalhar no Rio de Janeiro. Até o fim de fevereiro deste ano, então, sairei do meu atual emprego em Cianorte e me mudarei de vez para a dita Cidade Maravilhosa.

Isso fecha o fim de uma fase, curta mas marcante. E também significa a volta a uma velha situação: a distância espacial em relação ao meu parceiro de blog. Mas o blog (e nossa amizade) existia e ia bem quando estávamos longe antes, e permanecerá assim.

Um casamento em distância, por outro lado, é algo bem complicado. Sei disso por experiência própria dos últimos seis meses.O fato é que, durante o segundo semestre do ano passado, houve vezes em que fiz semanalmente o trajeto Cianorte - Rio de Janeiro. De ônibus, obviamente.



Dá pra ver aí que a viagem não é pouca coisa; na verdade, é BEM foda. De tanto viajar e ter minha rotina cindida entre dois mundos (continente e litoral), minha noção de tempo ficou completamente bagunçada durante agosto e setembro.

É uma das transições mais loucas de se pensar: em distância, característica da paisagem, das pessoas, da cultura, do clima, da cidade, da fama (uma ilustre desconhecida paranaense e a cidade mais célebre do Brasil), e etc, etc e bota et cetera nisso.

É importante dizer duas coisas: uma é que é que vindo para o Rio, minha condição de eterno forasteiro é não só mantida, como cultivada em diferentes tonalidades -- e considero isso muito bacana. (Prometo ainda um longo post sobre todos os lugares em que morei; será interessante, juro!)

A outra coisa é que nunca, nunca mesmo imaginei que iria morar no Rio de Janeiro. Se me sobra algum naco de identidade geográfica, é predominantemente do interior paulista (a princípio avessa a carioquices). A única metrópole em que imaginava chegar a morar era São Paulo -- a qual conheço e freqüento razoavelmente há muitos anos, e na qual tenho uma porrada de contatos, referências e amigos.
Mas, sinceramente, quando minha esposa falou que teria que ficar no Rio, fiquei mais empolgado do que preocupado. Isso porque sabia que, embora considerasse a cidade interessantíssima, eu nunca iria ter a idéia de morar nela a não ser que fosse necessário.

Para coroar essa mudança, conscientemente decidi, junto com minha esposa, fazer uma espécie de marco simbólico na virada de ano: receber amigos e parentes em minha casa -- exercendo assim a função de anfitrião, para mim raríssima -- e assistir com eles aos suprafamosos fogos do Reiveillon carioca.



E valeu a pena.

Aviso então que terão início neste ano os meus "diários cariocas" (nome : relatos de outsider sobre eventuais impressões, gozações e revoltas sobre esta estranha, bela, renomada e suja cidade que, ao que tudo indica, será meu lar.


E feliz 2009 pra vocês.


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5 comentários:

Unknown disse...

Poxa, cara...desejo felicidades e muitas realizações para ti. Sinceramente. Vamos marcar (nem que seja por msm ou algo parecido) para papear. Abração!

Gabriel G; disse...

Opa, Thales! Obrigado pelos desejos de felicidade, cara!

Precisamos papear mesmo. E trocar impressões sobre a vida de casado...:)

Abração!

Anônimo disse...

Gabriel,

Foi um grande prazer estar com vocês nesse momento de transições e recepcionarmos juntos um novo ano. Que ele seja cheio de realizações para todos nós! Saudades.

Gabriel G; disse...

Érico,
O prazer foi meu de tê-los por perto... e por podermos ser anfitriões seus quando vocês já foram os nossos tantas vezes.

Em março eu devo aparecer aí...

sandramilk disse...

Continuo a espera dos diários cariocas.... Faz muito tempo que não vou por aí... Hoje gostaria de participar de uma roda de poesia do pessoal do POLEM - Poesia no Leme e de ir a um sarau na casa de minha poetisa predileta Roseana Murray
(adoro os contos do marido dela tb , Juan Arias) Este ano me promete muitas mudanças tb.... que elas sejam auspiciosas como as suas