Eu gosto dos jogos olímpicos. Gosto bastante. Muito mais que de copa do mundo, muito menos que do São Paulo. Nas olimpíadas tem superação, lágrimas, perfeição, beleza...e tudo isso é muito bom. Mas a coisa da qual eu gosto mesmo é da competição. Gosto de competir e gosto de ver gente ganhando e gente perdendo. Meus amigos nerds (adoro eles e me incluo parcialmente na categoria) acham tudo isso uma grande perda de tempo, já que as olimpíadas são, antes de mais nada, um grande orgasmo do capitalismo, bilhões de dólares gastos para que aconteça o congraçamento das nações e para que as grandes empresas se tornem onipresentes por 16 dias. Eu nem ligo pro que eles dizem.
Dito isso, vou rascunhar alguma coisa sobre os dois fatos que me chamaram a atenção até agora.
1) Um judoca de um país esquisito ganha a medalha de ouro. Caminha em direção das arquibancadas, onde um sujeito está pronto para jogar uma bandeira esquisita pra ele, de uma altura de uns 3, 4 metros. Uns cinco fiscais (policiais?) correm na direção das arquibancadas e conseguem evitar que o atleta receba a sua bandeira.
Não entendi...se a bandeira pode entrar no ginásio, porque o atleta não pode recebê-la? O mundo inteiro já viu as bandeiras na torcida pela TV...se tem algum problema de segurança com as bandeiras não será mais seguro que um atleta medalhista olímpico, sob os olhares do mundo todo segure do que um torcedor qualquer?
2) Essa outra é a pior. Bem, muita gente assistiu à cerimônia de abertura das olimpíadas, como sempre, a maior da história. Creio que como eu, todo mundo achava que a queima de fogos da China seria a maior, mais espetacular da história do mundo, tão absurdamente melhor que as outras que talvez só fosse superada em duas olimpíadas. Foi mesmo, mas os caras mostraram pela TV fogos a mais, uns que foram gravados com até um ano de antecedência, outros gerados por computador. Tomar no cu, não?
Além disso, agora tem uma acusação de que TODOS os figurantes que participaram do espetáculo eram soldados, todos homens, e as crianças que entraram para representar as cinquenta e tantas etnias da China eram todas da mesma etnia, o que me leva ao último ponto:
A menininha linda que cantou "Ode à pátria", apenas dublou a voz de uma outra menininha, Yang Peiyi, de sete anos de idade, que tinha uma voz linda, mas era feinha demais. Segundo o próprio diretor musical do espetáculo (um chinês!!!), um membro do alto escalão do Partido Comunista vetou a garota depois de vê-la, por conta de seus dentes tortos e bochechas pronunciadas - ou seja, oriental demais. A dublê, Lin Miaoke, de 9 anos de idade é estrela de comerciais na China.
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Um comentário:
Eu sou bem nerd, mas não acho tão perda de tempo assim... adoro aquela ginástica com fitinhas e bambolês!
Mas o duro é que, devido ao trabalho, não assisti NADA das olimpíadas até agora...
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