quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

FESTA DE ARROMBA



Segundo ano da faculdade.

Churrasco noturno no departamento de arquitetura. A ilusão prematura e não-verbalizada de que, agora sendo veterano, tem-se alguma chance a mais de catar calouras.
Um amigo meu (um dos que moravam comigo) está de olho em uma moça coxuda.
 
Está bem escuro, mesmo do lado da churrasqueira, e ele está bem bêbado.

A moça acabou de pegar um espetinho.

À medida que ele se aproxima, pode-se ouvir o tema de Tubarão, sutil e subliminarmente, por trás do Prodigy (ou Pato Fu) que tocava no momento.

Ele pára. Pergunta se ela daria um pedaço do espetinho pra ele (a cantada definitiva!!).
Ela afirma negativamente.

Repentina e assustadoramente ele avança sobre ela, emitindo, heróico, o brado retumbante:




           EU QUERO A SUA CARNE!



   


Realmente, tempo bom que não volta mais.

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