segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Otomo-San


Assisti Steamboy, do Katsuhiro Otomo (o cara que fez Akira, lembram?). Demorou dez anos pra ficar pronto, etc. etc. Cenários magníficos, boa animação, história meia-boca. Mas o principal (o que me levou a escrever este texto) é que percebi fatores recorrentes (e meio repetitivas) do mestre nipônico. Tendo assistido 4 animes relacionados a Otomo – Akira (a obra-prima), Spriggan (ação bem-feita, história fraquinha), Metropolis (com roteiro dele) e Steamboy, todos com histórias bem diferentes – estas são as coisas que notei:

1.  Sempre tem alguma coisa fisicamente MUITO GRANDE mas que está oculta e tem grande poder.
2.  Sempre tem algum conflito de ordem paternal (o pai se rebelando contra o filho, ou a criação contra o criador)
3.  Sempre tem crianças com capacidades extraordinárias (sejam paranormais ou gênios-mirins)
4.  Sempre tem alguma fusão humano-máquina -- algum cyborg ou pessoa com um membro artificial (ou um robô com aparência totalmente humana em “Metropolis”)
5.  Sempre há o perigo da “ciência usada para fins maléficos” (dominação, destruição/purificação da humanidade corrupta e, é claro, a Guerra), e da perda de controle sobre as forças por ela liberadas.
6. Sempre há a questão da evolução do ser humano.
7. A história sempre se passa (pelo menos em parte) em alguma cidade muito grande.
8.  O filme geralmente termina com cenas de destruição monumental – geralmente da “grande coisa oculta” e devido à “perda de controle” da mesma. Que geralmente traz também a destruição da paisagem urbana ao redor.
9.  Sempre há várias cenas de animação de explosões, fumaça e nuvens.
 Akira
 Spriggan
 Metropolis

 Steamboy

É... o mestre tem certamente algumas idéias fixas. Mas quem não tem?. O duro mesmo é que a animação mais antiga de todas essas (Akira) continua sendo de longe a melhor.

Nenhum comentário: