A ocasião não aparecia, ao contrário das ocupações do trabalho e do estudo; fui esquecendo das imagens lá quietinhas, e acabei não o fazendo nenhum post delas.
Este é um dos piores motivos para postá-las, ainda que melhor do que nenhum: Millôr morreu. E o mundo -- e, mais especificamente, o Brasil -- ficou menos inteligente com isso.
Lá pelo fim da adolescência, eu pensei numa frase,que me fazia lembrar do estilão do Millôr: "Deus é grande, mas não é dois". Como quase tudo o que pensamos de bom, alguém já tinha dito isso antes -- no caso, o Lourenço Mutarelli, ainda que com uma entonação completamente distinta e mais melancólica -- mas ainda hoje eu rio quando penso que "em terra de olho, quem tem cego, errei."
Ficaram mais pobres o jornalismo, o humor gráfico, a ilustração, o teatro, as traduções e a intelectualidade livre em geral; o que disseram sobre o Chico Anísio vale aqui, ainda que com entonação distinta: morreram Millôr Fernandes.
2 comentários:
Março foi um mê de grandes perdas...Millôr foi um gênio em diversas áreas - era uma das poucas razões para abrir a veja, isso há um tempo atrás. Concordo contigo, o Brasil fica menos inteligente com essa perda (e com a do Ab´Saber, que foi esse mês também e merece um texto meu aqui).
O Chico Anysio, embora estivesse ultrapassado há décadas, deixa saudades também...eu ria muito do Tim Tones - que nunca esteve tão atual quanto agora.
É uma pena mesmo, houve grandes perdas por estes tempos...
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