Estive em Minas na última semana, numa das viagens da Geografia. Dessa vez visitamos Ouro Preto, Mariana, São João Del Rey, Tiradentes e Poços de Caldas.
Acho que entrei em mais igrejas do que tinha entrado antes em toda a minha vida. Acho que também deixei mais dinheiro nas igrejas do que tinha deixado em toda a minha vida...justificável, afinal, são as taxas de manutenção de um patrimônio histórico-cultural de valor incalculável.
Uma das coisas mais impressionantes que ouvi nessa viagem foram as histórias da escravidão naquela região. Os guias, invariavelmente negros, contavam várias histórias de como os escravos eram coagidos a trabalhar e não fugir - prisão e tortura dos pais ou filhos, armadilhas daquele tipo de pegar pé de urso, vários instrumentos de tortura, algemas, grilhões, pelourinhos...
Impressiona, porém, o fato de que as senzalas em Ouro Preto ficavam nos porões dos casarões. Explica-se: Ouro Preto é uma cidade serrana, com temperaturas amenas durante as noites/madrugadas. Os negros ficavam em grande quantidade nesses espaços diminutos, e o calor gerado pelos seus corpos acabava por aquecer os cômodos do casarão acima.
Essa, entre outras histórias, me fez repensar a questão da dívida histórica que o país tem com essa enorme parcela da população.
Nós a temos.
Igrejas em Mariana-MG. A quantidade de igrejas nessas cidades históricas de Minas é explicada pela competição entre as famílias ricas, que buscavam demonstrar sua pujança econômica construindo templos cada vez mais suntuosos e cheios de ouro. Bem no meio das duas, o pelourinho da cidade.
Acho que entrei em mais igrejas do que tinha entrado antes em toda a minha vida. Acho que também deixei mais dinheiro nas igrejas do que tinha deixado em toda a minha vida...justificável, afinal, são as taxas de manutenção de um patrimônio histórico-cultural de valor incalculável.
Uma das coisas mais impressionantes que ouvi nessa viagem foram as histórias da escravidão naquela região. Os guias, invariavelmente negros, contavam várias histórias de como os escravos eram coagidos a trabalhar e não fugir - prisão e tortura dos pais ou filhos, armadilhas daquele tipo de pegar pé de urso, vários instrumentos de tortura, algemas, grilhões, pelourinhos...
Impressiona, porém, o fato de que as senzalas em Ouro Preto ficavam nos porões dos casarões. Explica-se: Ouro Preto é uma cidade serrana, com temperaturas amenas durante as noites/madrugadas. Os negros ficavam em grande quantidade nesses espaços diminutos, e o calor gerado pelos seus corpos acabava por aquecer os cômodos do casarão acima.
Essa, entre outras histórias, me fez repensar a questão da dívida histórica que o país tem com essa enorme parcela da população.
Nós a temos.
Igrejas em Mariana-MG. A quantidade de igrejas nessas cidades históricas de Minas é explicada pela competição entre as famílias ricas, que buscavam demonstrar sua pujança econômica construindo templos cada vez mais suntuosos e cheios de ouro. Bem no meio das duas, o pelourinho da cidade.
3 comentários:
Nunca fui nas outras Cidades; mas em Ouro Preto e Mariana eu já fui duas vezes, e tenho uma porrada de fotos.
Essa praça de Mariana, com o pelô e as 2 igrejas, é na minha opinião o ponto mais forte da cidade inteira.
Por outro lado, é difícil pra mim de eleger "um" ponto forte em Ouro Preto...
Na primeira vez que fui lá, fiz um trabalho sobre os trajetos e espaços urbanos da cidade; na segunda, fiz um levantamento fotográfico em SLIDE sobre um tema parecido para o professor que se tornaria meu orientador no mestrado.
Guardo de O. P. Lembranças das mais impressionantes caminhadas noturnas que já fiz, assim como de uns dos melhores cafés, galinhas ao molho pardo e caldos que já tomei.
Acho que se um dia tivesse fosse obrigado à força a nomear alguma cidade com o adjetivo brega de "mágica", eu nomearia Ouro Preto :) (coitada)
Lembro que essa coisa das senzalas-porão impressionava... Mas não me lembro da questão do aquecimento! Fiquei surpreso!
Aliás, "temperatura amena" pra mim é papo de geógrafo, lá eu passei FRIO mesmo!! hehehehe
Você visitou alguma mina por lá?
A caminhada noturna por OP é um dos pontos fortes da cidade. Fiquei sentindo falta de conhecer melhor a gastronomia, as viagens geográficas geralmente são budget trips.
Então, eu não senti FRIO mesmo, apenas "temperaturas amenas"...rsrs!
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