sexta-feira, 18 de abril de 2008

Persepolis - Eye of the Tiger

Eu fiquei sabendo só esse ano e só depois do Oscar que esse desenho animado existia, e que tinha concorrido ao oscar.

Já tinha lido avidamente o fantástico quadrinho original -- a história de uma mulher quadrinhista iraniana, que foi para mim a primeira explicação histórica sobre o Irã.
Com a HQ, passei a entender várias coisas que via na minha infância e não entendia -- o Aiatolá, aquele troço dos muculmanos ficarem no sol batendo na cabeça, o medo ferrado que o ocidente passava a ter do Islã.
Fiquei Ansioso pra ver o filme. Muito rapidamente, emulei-o.

O filme é bem legal. Mas o quadrinho é muito, muito melhor. E dizer isso não é purismo nem "elitismo" ou dor-de-cotovelo dos amantes de HQs, que vivem observando versões inferiores de obras-primas tornarem-se mais conhecidas que as originais.

É que o filme, como filme mesmo, poderia ser melhor, mais radical, até mais mais longo. Na minha opinião, ele não consegue ir até o talo, e o quadrinho vai.
Mas é muito bom. E diferente (embora pudesse ser mais).

Em suma, não é nenhum Bicicletas de Belville, mas vale muito a pena.
Uma qualidade dele é entender que há recursos e ênfases diferentes para o cinema e para os quadrinhos.
Aqui vai um dos trechos mais criativamente engraçados -- que obviamente, não existia no original...

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