Pra não deixar passar em branco:
Eu, o Gabriel e todo mundo que esteja vivo no Brasil nos dias de hoje passou a vida inteira ouvindo falar sobre a dívida externa brasileira. Até pouco tempo atrás, ainda no governo FHC, a esquerda da esquerda ainda falava em moratória. Lembro até de samba-enredo falando do monstro. Quem já tinha idade para entender telejornais na época do Sarney certamente lembra que a dívida externa era a grande vilã da economia nacional, responsável desde inflação que chegou nos 80% mensais até ao número mais elevado de ataques cardíacos.
Honestamente, eu não imaginava ver o Brasil na posição em que se encontra hoje, a de credor internacional.
Agora, passado o problema da dívida externa (hip, hip hurra!!! sinceramente!), o feito é enarado pela imprensa nacional como um feito menor, decorrente exclusivamente da boa fase da economia mundial. O grande problema agora são os juros, a dívida interna (que lembremos, também existe há muito tempo), os aeroportos (tudo normal novamente), a falta de chuvas...
Quero lembrar que apesar do cenário externo favorável dos últimos anos é consequência não do crescimento das grandes potências, mas dos emergentes. E que estamos sim enfrentando uma grande turbulência, nada menos que uma séria ameaçaa de recessão não do México ou da Argentina, mas dos Estados Unidos. Como seria enfrentar essa crise há 10 anos, com uma dívida externa gigante, nenhuma confiança de investidores externos e resrevas internacionais de 30 bilhões de dólares?
Lula deve estar rindo sozinho (ou com uma fila de ministros fazendo top top top). Nunca antes na história desse país...
3 comentários:
O pior, é que até pode ser paranóia minha, mas a nossa mídia, mui ética e imparcial parece, "só parece", que diminui o que é passar a ter reservas para pagar a divida externa com ostentação do crescimento numérico da divida interna, que realmente cresceu de forma absoluta, vez que o Brasil cresceu, mas que, na prática, diminui proporcionalmente, isto é, a divida está mais controlada e menor se considerarmos o crescimento do PIB... Mas a nossa mídia... "isenta"...
De qualquer forma...
Ando preocupado com a economia nacional. Há indícios de que, se não reformarmos a política econômica atual, podemos ter sérios problemas mais à frente...
Sim, mas reformar o que? Acho que muitos dos parâmetros sobre os quais a economia está fundamentada hoje: flutuabilidade do câmbio, controle da inflação, produção de um superávit primário...
Preocupa a crise externa pelo simples fato de que essa crise pode ser séria e, como já discutimos, na maior economia do mundo.
Sei lá...
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