sexta-feira, 30 de julho de 2010

O homem mais lindo do mundo

Eu quis encontrar em português ou em inglês (que é o original). Só rolou espanhol mesmo.



Se você nunca assistiu The Marvelous Misadventures of Flapjack, eu recomendo.


ATUALIZAÇÃO -- 07/03/2011
O vídeo aí de cima dançou. Felizmente, o augustoldesser me passou o link do desenho inteiro em português, e ele segue incorporado abaixo. Pra ver a parte referida aqui, pule pra 7:50. Mas recomendo assistir tudo.

sábado, 17 de julho de 2010

Gente Paulistana 1: duo Hodgkin & Giffoni

As outras que me perdoem, mas São Paulo e Rio de Janeiro são, sem a menor sombra de dúvida, as cidades culturalmente mais ricas do país.  São cidades enormes e cheias de microcosmos, antigas e modernas, que contam com uma enorme quantidade de equipamentos culturais.
Aproveitando o fato do Wilbor ser justamente um blog do eixo, vou iniciar uma série de postagens sem qualquer garantia de regularidade, divulgando trabalhos dessa gente interessante que a gente encontra pela cidade.  O video a seguir é do duo Hodgkin & Giffoni.  Conheci o Daniel Giffoni num bar de jazz, e esse video.



Pra quem quiser ouvir mais, aqui vai o link do myspace do duo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Novo demais



Muito novo pra ter hemorróidas.


Foi isso que o último médico lhe disse, e era nisso que ele pensava naquele exato momento, sentado na espera do consultório.


Novo demais. Sentia-se comparado a um carro com defeito. Algum carro de poucos anos mas que, estranhamente, já tem algum problema típico de desgaste de uso, como um estofado arranhado ou – pensou amargamente – um escapamento cheio de ferrugem.
(talvez porque o pagamento do novo carro lhe ocupasse grande parte do pensamento naqueles tempos, analogias automobilísticas lhe vinham facilmente à mente)


Desgaste talvez seja a palavra. Em inglês, stress; em português novamente, estresse. Estava estressado. Era estressado. O "estresse" dos últimos anos que trouxe as hemorróidas antes do tempo. Não necessariamente um desgaste da área diretamente envolvida, é claro; mas o stress geral de uma vida stressada de uma pessoa stressada.


Mas não era pelas hemorróidas que ele estava nesta sala de espera de agora. Já sabia das hemorróidas, e que era novo demais pra tê-las: ouvira isso três meses atrás, em outra clínica. Como na piada do anão-corcunda-caolho-manco que no final se revela, além de tudo, argentino: “usted no sabe de lo peor...”


Estava lá na espera do consultório por causa do Boston Medical Group. Mais precisamente, por causa da propaganda dele: um casal indo dormir na cama, a esposa olha o marido com um sutil ar de expectativa, o marido apenas se vira, deita e diz boa-noite; no que ele se deita, um narrador em off começa a dizer numa voz quase imperativa: “seja honesto com sua parceira. Disfunção erétil é doença e tem tratamento”. O subtexto acusatório: vá se tratar, brocha.


Não foi pelo improvável apelo que ele estava agora na sala de espera de um urologista. É que a propaganda era tão ridícula – incluindo nisso seu tom imperativo disfarçado de condescendência -- que tornava insuportável a identificação, ver a si mesmo em cena semelhante era demais.


Usted no sabe de lo peor: não só novo demais para ter hemorróidas, mas também novo demais pra ser brocha.


(De novo o grande culpado, o estresse: o desgaste lhe envelhecia, lhe dava problemas de velho. E o carro velho lhe dava estresse, e por isso comprou o carro novo; mas descobriu que pagar o carro novo -- o qual não daria estressava per se -- também trazia estresse. Mais desgaste, mais hemorróidas, menos ereções.)


Já imaginava, amargurado, algum engraçadinho hipotético comentando: “hemorróida, brocha e, ainda por cima, preto!...”.
Mas sabia que a possibilidade disso era pequena hoje, podia dar cadeia. Imaginava mais pela necessidade de poder voltar sua indignação contra alguém.
(Também, começou a pensar, se acontecesse algo assim, não ia dar queixa na polícia nem nada. Ia se limitar a dar um olhar gelado ao imbecil hipotético e murmurar pra-si-mesmo-mas-numa-altura-que-todo-mundo-pudesse-ouvir: “babaca...”.)


Estava com raiva. Indignado com sua situação. Queria mesmo ter raiva de alguém. Queria poder, pelo menos em sua imaginação, canalizar a indignação para algo mais específico que “a vida”, mais externo que seu próprio corpo e mais consensualmente desprezível perante a sociedade. Então imaginou o mesmo babaca-hipotético-de-piada-racista:
“que adianta o tamanho, se não presta pra nada...”
Não pôde deixar de completar a ofensa hipotética com sua própria metáfora automobilística:   “...Tão novo o carro, e esse câmbio já não  funciona”.


Pelo menos o carro novo (ainda) não tinha problema.


Pelo menos ele não era argentino.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sniper Serra

Não foi nóis que fez não, mas...

Galactus, barra limpa! Pode chegar, chegando!
by Mauro Mendes

Juro, tem um blog só pra isso. Vale a pena.

Fora de Contexto (II)



Bem, a idéia original não foi minha não... tem um blog inteiro dedicado a infâmias, duplos sentidos e erros crassos presentes na Turma da Mônica, o Porra, Maurício!
Tem muitas coisas forçadinhas, mas algumas são de rolar de rir. Uma seleção boa está neste endereço aqui do Mundo HQ.

Fora de contexto à parte, tenho comigo que o cabra safado que desenhou este primeiro quadro abaixo tinha absoluta ciência do que estava fazendo.






















Assim como sabia o que fazia o cabra que tascou esta propaganda aqui, lembram?

domingo, 4 de julho de 2010

ofensa gratuita

Para que a minha afirmação de que a nata do jornalismo nacional se concentra nas redações esportivas não ficasse sem respaldo, a Globo, através do canal Sportv colocou no ar uma das matérias mais absurdas de que se tem notícia.

A reportagem fala sobre a participação paraguai na Copa, muito digna, diga-se de passagem.  A princípio, as piadas com o Paraguai comçaram com a promessa da modelo Larissa Riquelme de fazer um strip-tease em mcaso de classiicação para as semifinais do mundial - o que, ao contrário da promessa de Maradona, certamente aumentou o contigente de torcedores do selecionado guarani.

              Larissa Riquelme, à esquerda, torcendo por sua seleção em Assunção

Bom, até aí vá lá...a promessa da modelo obviamente chama a atenção, seria natural que a imprensa veiculasse e explorasse a situação.

O problema, é que, durante a reportagem, segue um festival de ironias e piadas que ridicularizam a cultura paraguaia: paisagens, cidades, gastronomia, moeda nacional, música...coisa de muito mal gosto mesmo, lamentável.  O vídeo tá aqui embaixo:


Exceção talvez feita aos programas humorísticos, pra mim é realmente difícil entender que um repórter viaje a um país para fazer uma matéria dessas...não que seja proibido, mas o cara pegou pesado e nem é engraçado - aliás, o jornalismo esportivo está numa fase em que há muitos repórteres engraçadinhos.  Mais difícil ainda é lembrar que certamente existe alguém na Globo responsável por verificar se tal coisa poderia ou não ir ao ar.  Os gênios responsáveis por tal estupidez certamente acreditam que se tratava de uma piadinha inocente, incapaz de ferir o orgulho de um povo justamente em um período em que os "orgulhos nacionais" estão tão em alta, depois da melhor campanha da história do Paraguai.

Hoje, o principal jornal do país publicou nota em repúdio à reportagem da Sportv, que deveria, no mínimo, pedir desculpas públicas.  Pra quem quiser ler a nota do La Nación, o link está aqui.

E pra quem ficou triste com a desclassificação paraguaia antes das semis, Larissa prometeu que fará o Strip mesmo assim, como "consolo" aos jogadores que de fato foram muito esforçados.


Mick Jagger e suas vontades


"Agora é torcer pra não engravidar"
kkkkkkkkk!!!!!!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Copa do Mundo, futebol, política e mídia

Andei segurando uma postagem sobre a copa - ou sobre as copas, já que abordarei 2014 também.  A competição, em si, é muito dinâmica e multitemática, e para evitar ficar remendando o post tinha resolvido esperar pelo fim, com o título ou a eliminação do Brasil.  Já vou avisando: esse é um post longo, dividido em 3 seções.  Pensei em postar os temas separadamente, mas para não colocar uma série de futebol, concentro tudo pem dois posts.  Esse, mais longo, e um outro, com a análise de um livro que trata de futebol e sociologia.  Vamos lá:

Copa do Mundo 2010, África do Sul: Dunga x Mídia

Para um técnico que assumiu a seleção sem jamais ter dirigido um clube sequer, podemos dizer que se saiu muito bem.  Foi campeão da Copa América com um time "B", da Copa das Confederações, meteu um 6 x 2 em Portugal no seu momento mais difícil, em 2008, se classificou em primeiro nas eliminatórias Sul-americanas mais difíceis da história (basta ver que dos 8 quadrifinalistas, 4 eram do continente).

Ao contrário de 2006, quando o sentimento geral era de indignação, dessa vez a derrota foi bem mais fácil de aceitar.  Perdemos porque isso acontece no futebol, porque falhamos em campo e porque a Holanda tem um belo time.  Aliás, essa foi a eliminação de copa que menos me ofendeu na vida:

1986: minha primeira Copa do Mundo: time com muitos ídolod (Careca, Silas, Sócrates, Muller), primeira camisa da seleção e derrota nos penaltis pra França - primeiro chororô por conta de futebol;

1990: seleção horrível, mas com derrota para a Argentina - muito duro de engolir

1998: derrota na final, novamente a França, com a absurda situação de Ronaldo Gordo jogando após uma convulsão;

2006: primeira seleção Big Brother da história.  Para detalhes, vejam o post de 2006 aqui.

Dunga chegou na seleção para moralizar a coisa.  Se em 2006 a imprensa criticou a bagunça da concentração, os treinos abertos ao público, as farras, a intromissão de patrocinadores na escalação e sua presença constante no ambiente da seleção; dessa vez critica o rigor de Dunga com a imprensa, a clausura dos jogadores, a dificuldade de acesso dos patrocinadores aos atletas...vai entender?

Só sei que Dunga, ao peitar a Globo, contando-lhe vários privilégios e deixando Ana Paula Padrão com cara de tacho ao negar uma entrevista exclusiva, conquistou a torcida.  A pesquisa do Datafolha divulgada hoje dava a aprovação de Dunga em 69% - Lula ainda ganha, com 78%.

Resumo da ópera: o torcedor não fez e não faz questão de ver a seleção transformada em um Big Brother - ainda que se tal produto lhes for oferecido, como bem sabe a Globo, será prontamente digerido.

O fato mais curioso de todos foi a reação da Globo após os xingamentos de Dunga em uma coletiva, dirigidos a Alex Escobar: "besta, burro...cagão de merda..."

A reação da Globo foi imediata: uma nota oficial foi lida no Fantásico, depois repetida no canal Sportv.  Esse fato gerou uma verdadeira união nacional pró-Dunga e anti-Globo.

Estranhamente, não vi um único jornalista atacando a Globo por sua postura arrogante, de dona da seleção.  Ao contrário: alguns se calaram, outros passaram a atacar Dunga, na árdua tarefa da defesa da Liberdade de Imprensa, então sob ataque do intelectual técnico gaúcho.  Típico da imprensa nacional, concordam?  Confundir Liberdade de Imprensa com abuso irrestrito da condição de formadores de opinião.  Um cara que não concorde em ser humilhado e achincalhado, simplesmente porque resolveu isolar o time do assédio da mídia (fato tão criticado em 2006, pela própria Globo), certamente está atacando o instituto da Liberdade de Imprensa, consquistada de forma tão árdua pelos jornalistas esportivos (a nata da classe) depois da redemocratização.

Enfim, pra fechar esse primeiro assunto: achei positiva a passagem de Dunga pela seleção e dessa vez a desclassificação não me deu raiva alguma...pelo menos nada que passasse de uns 30 minutos de tristeza ao ver imagens de crianças chorando - coisa que me remete à minha própria infância, nas derrotas de 86 e 90.

Copa do Mundo 2014, Brasil: porque não?

Aqui eu entro numa dicussão não muito comum para a grande maioria dos leitores desse blog - acho.  Boa parte dos brasileiros acompanham futebol de em 4 anos, outros, como eu, acompanham o futebol diariamente.  Quanto a isso, escreveu ontem Luiz Fernando Vianna, colunista da Folha:

"Já se disse que a Copa do Mundo é um evento feminino. Homem gosta mesmo é de Bonsucesso x Quissamã, poderia escrever Xico Sá."

Não é verdade, claro, mas a piada é ótima.

Voltando ao assunto: há uma divisão entre os que defendem a realização da Copa no Brasil em 2014 e os que criticam.  Faço parte da primeira catgoria, e gostaria de explicar:

O futebol, gostem ou não, faz parte da cultura brasileira.  Melhor: faz parte da formação social do povo brasileiro, e a respeito disso, muitos grandes sociólogos e pensadores brasileiros já escreveram.  O melhor livro sobre o tema, curiosamente, foi presente do Gabriel - cabra macho, com certeza, mas que, até onde sei, faz parte do público bissexto do esporte nacional.  Piadas à parte, o livro se chama "Veneno remédio: o futebol e o Brasil", de José Miguel Wisnick.  Falarei mais desse livro em post separado.

Um dos argumentos contrários à Copa mais comuns é o de que num país com tantas desigualdades e problemas, é um absurdo investir tanta grana num torneio de futebol.  Acho que isso é até mais válido para a África do Sul, com problemas muito maiores que os nossos.  Por outro lado, esse argumento implica em que jamais podemos investir no supérfluo, ainda que algo desejado por toda uma população.  Por esse raciocínio não existiriam churrascos nas favelas ou festinhas de aniversário para filhos de trabalhadores de baixa renda.  Mesmo na África do Sul, com todos seus problemas, o povão adorou a festa e, honestamente, não acho que ficarão mais ou menos pobres por conta disso.

Um estudo feito na Alemanha, por ocasião da Copa de 2006, mostrou que a realização do torneio é responsável por um acréscimo no PIB da ordem de 0,4%.  Esse acréscimo é permanente, e decorre da estrutura permanente e empregos gerados.  No Brasil, estima-se que em ano de Copa, ainda que realizada em outros países, o PIB ganhe um acréscimo de 0,6% - esse dura só um ano mesmo.  Não é pouca coisa.

O outro argumento anti-copa comum é o de que essas obras terão como consequência grandes desvios de verba.  Concordo.  Só que, novamente, por esse argumento, absolutamente nada poderia ser feito no Brasil: a construção de um viaduto, de uma escola, de um hospital oua organização de eventos culturais também implicam em políticos e empresários enriquecendo ilicitamente.  No final das contas, pelo menos com a realização da Copa são criados compromissos de investimentos e obras, que serão acelerados e talvez nunca fossem realizados não fosse o torneio.  Melhor que nada, e além disso, se essas obras fossem feitas por outro motivo, não esperaríamos que houvesse desvios de verbas também?

Enfim, deixa o povão ter a sua copa.

Copa do Mundo 2014, Brasil: PFL & CBF x São Paulo

Bom, aqui o buraco é mais embaixo.  Como sei que a maioria aqui não acompanha o mundo da bola, vou estabelecer algumas premissas:

1. Se podemos achar exagero que corrupção seja um produto de exportação do Brasil, já que não é exclusividade nossa, no futebol é fato: a FIFA e a CBF, através de João Havelange e Ricardo Teixeira são duas das instituições mais corruptas do mundo.

2. Aliados de Ricardo Teixeira tendem a se favorecer.  Inimigos de Ricardo Teixeira são perseguidos.

3. Andres Sanches, atual presidente do Corinthians ficou tão amigo de Ricardo Teixeira que se tornou chefe da delegação brasileira na África do Sul.

4. O São Paulo Futebol Clube votou contra o candidato imposto pela CBF para a presidência do Clube dos 13, entidade que reúne os grandes clubes do Brasil e é responsável por negociar os direitos de imagem junto às emissoras de TV.  É um negócio de R$ 600 milhões/ano.

Pois bem: a cidade de São Paulo, obviamente será uma das sedes da Copa no Brasil.  Não poderia ser diferente, uma vez que é a maior e mais iimportante cidade do país, com a maior rede hoteleira, aeroportos...enfim, é São Paulo.

A cidade de São Paulo dispõe de 4 estádios com capacidade para mais que 25 mil torcedores: são eles o Morumbi (70 mil), Pacaembu (40 mil), Parque Antártica (em reformas, vai para 45 mil, e Canindé (25 mil).  A média de público dos times em campeonatos brasileiros fica próximo dos 13 mil torcedores/jogo.  A cidade conta com 3 grandes clubes (Corinthians, São Paulo, Palmeiras) e a Portuguesa. 

Levando isso em consideração, o município, apoiado pelos governos estadual e federal, decidem que a cidade não deve investir para construir nova arena, pois esta se transformaria em um elefante branco, caso do Engenhão, no Rio. Decidem que o São Paulo Futebol Clube reformaria seu estádio, com recursos privados, e governos tratariam de fazer as obras de infraestrutura (ampliação de aeroportos, trens e metrô).  Ótimo, não?

Não.  De repente, o projeto do Morumbi começou a ser contestado.  O projeto de reforma do Ruy Ohtake não eliminava alguns pontos cegos (o Soccer City, palco da final e abertura da Copa 2010 tem vários assentos com bloqueio parcial da visibilidade).  Ok, empresa alemã contratada, novo projeto.  Eliminação de pontos cegos e nova recusa da FIFA...o centro de imprensa ficava longe demais, cerca de 500 metros (na África do Sul fica a cerca de 1km).  Enfim, as coisas foram sendo refeitas, novos problemas foram aparecendo e no final das contas, o único projeto que agradou foi um que custaria R$630 milhões!!  Soccer City foi construído do zero com menos grana - incluindo, possivelmente, um bom tanto de desvios, coisa que não aconteceria em São Paulo por se tratar de propriedade privada.

Resumo: O São Paulo ofereceu um projeto de 250 milhões de reais, que sequer foi analisado, e a cidade de São Paulo se vê "obrigada" a arrumar outro estádio caso queira receber a copa.  Com isso, a cidade deixa de concluir obras já licitadas, como as estações da segunda etapa da linha amarela, que perdem prioridade e a linha 17 do metrô, que ligaria o aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi, passando por Paraisópolis, comunidade que pode esperar sentada por uma oportunidade de melhoria no atendimento de transporte público.

Solução do prefeito de Kassab e de Ricardo Teixeira: nova arena, em Pirituba.  Reformulação da expansão do metrô, reforma da estação e investimento de recursos públicos.  O que leva ao último problema: o que fazer com esse estádio depois da Copa, se o São Paulo já tem um, o Palmeiras também, a Portuguesa não tem torcida pra isso e o Corinthians tamb...opa!!  O Corinthians não tem estádio!  Joga no Pacaembu, propriedade do município.  Corinthians não tem estádio, mas tem um presidente amiguinho de Ricardo Teixeira.

E só pra lembrar: enquanto Andres Sanches e Ricardo Teixeira andam namorando, os problemas com o Morumbi apareceram quando o São Paulo votou contra o candidato de Teixeira no Clube dos 13.  Sanches era o candidato à vice.

Agora, adivinhem o que deve acontecer com o Piritubão depois da Copa?  Alguém tem que jogar lá...a resposta não vale um doce.

Lula, corinthiano, afirmou reiteradas vezes que é maluquice contruir um estádio novo numa cidade que tem 3.  O Piritubão deverá custar mais de 1 bilhão de reais - quase a parcela que a  prefeitura investiu na linha 4 do metrô.

Fosse eu prefeito ou governador de São Paulo, colocaria as coisas em seus devidos lugares:

"Ah, o Morumbi não dá?  Sinto muito, a gente não quer gastar 1 bilhão com um estádio desnecessário, mas muito obrigado.  Podem procurar a outra cidade de 20 milhões de habitantes, 3 aeroportos, metrô e rede hoteleira.  Passem bem."

Jamais governarei nada.